sábado, 21 de abril de 2012

Livres para amar!

“Homem verdadeiramente bom é aquele que, mesmo podendo, não faz o mal”.

Mistério insondável de um Deus que nos criou para a felicidade porque quer que sejamos felizes. Ao mesmo tempo, coloca em nossas mãos a possibilidade de negarmos voluntariamente este desejo do Criador.

Deus criou-nos como pessoas livres e quer a nossa liberdade para podermos optar, de todo coração, pelo Bem, ou seja, por Deus. “Só quem criou o ser humano, o pode fazer feliz” Santo Agostinho.

Quanto mais praticamos o bem, mais livres nos tornamos porque o amor tem a força de dilatar o coração para irmos ao encontro de quem necessita. Quem ama é feliz porque quando amamos nos tornamos pessoas melhores, mais serenas, mais disponíveis e capazes de nos empenharmos por aquilo que, de fato, é essencial. São Paulo nos diz: “Avaliai tudo e ficai com o que é bom e tem valor” (1Ts, 5-21).

Tristemente o pecado nos torna escravos. Quanto mais pecamos, mais pensamos apenas em nós mesmos, tornamo-nos pessoas egoístas e mesquinhas, incapazes de fazer florescer o bem. Uma pessoa é livre quando diz sim ao bem, quando nenhum vício, pressão ou hábito a impede de escolher e praticar o que é correto e bom. Quanto mais uma pessoa conhece o bem e atua nele, tanto mais se afasta da escravidão do pecado. Torna-se, assim, instrumento de paz e de amor.

Deus sonha com pessoas assim: livres para assumirem a responsabilidade por si mesmas, pelo seu meio e pelo ambiente em que vivem. A liberdade mais profunda e verdadeira é construída o tempo todo no exercício das pequenas escolhas. Deus não nos abandonou em nossos juízos próprios, mas nos deu a capacidade para distinguirmos as ações boas das más. Todos temos consciência quando agimos mal, quando não correspondemos ao bem e tomamos atitudes que geram rancor, raiva, mágoa, desrespeito, insensatez, intolerância. O pecado entristece a alma porque rouba a paz.

“Quem se abandona totalmente nas mãos de Deus não se torna um fantoche de Deus, alguém conscientemente aborrecido que perdeu sua liberdade. Somente quem confia em Deus totalmente encontra a verdadeira liberdade, a grande e criativa vastidão da liberdade do bem. Quem recorre a Deus não se torna menor, mas maior, porque, graças a Deus e justamente com Ele, se torna grande, divino, verdadeiramente ele mesmo” Bento XVI.

Madre Tereza de Calcutá nos lembra: “Só Jesus é o Caminho, que vale a pena seguir; a Luz, que vale a pena acender; a Vida, que merece ser vivida e o Amor, que vale a pena amar”.

Ir. Deuceli Kwiatkowski

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