domingo, 27 de maio de 2012

Família: presente de Deus!

Duas coisas devem os filhos obter dos pais: raízes e asas!

Mais do que nunca vivemos um tempo em que precisamos salvar as famílias!

Família é presente de Deus! É o santuário da vida! É uma fonte inesgotável para o mundo porque gera virtudes humanas, cristãs, sociais.

É no aconchego de um lar, no colo dos pais, vendo e ouvindo, que aprendemos a crer, a amar, a perdoar e a conviver em atitudes de confiança, de reciprocidade, de cooperação. Só aquilo que foi absorvido lentamente pode ser transmitido.

“A família é um bem necessário para os povos, um fundamento indispensável para a sociedade e um grande tesouro para os esposos durante toda a sua vida. É um bem insubstituível para os filhos, que hão de ser o fruto do amor, da doação total e generosa dos pais”, nos diz Bento XVI.

O matrimônio é o comprometimento no tempo. É na promessa de um ao outro que o amor se concretiza diariamente em gestos de responsabilidade mútua e em palavras de amor recíproco.

Caminham na mesma direção porque entendem que a família é uma escola de vida carregada de significado. Ali se aprendem grandes lições que ultrapassam as paredes e cuja força de irradiação convida outros à comunhão da fé, do amor e da esperança. A experiência comunicada salva e inspira outros.

Família é o lugar do aconchego, do sorriso fácil, de gente que chora e ri junto, que conta piada quando o outro está triste, que acaricia quando não há o que dizer, que não tem medo de ser o que é, que conta os próprios erros, que ama incondicionalmente, que vive a vida junto de um jeito único e alegre!

Sem a menor sombra se dúvida, as famílias, em cuja casa Cristo está presente e é a rocha firme sobre a qual as tempestades não podem abalar, tornam-se o grande fermento da renovação da sociedade. A família é dom de Deus onde a vida deve ser protegida. E vida, é dom sagrado. Dom inegociável porque não nos pertence. Somente Deus tem direito sobre o início e o fim da vida humana.

Tristemente vemos pais que não sabem ser pais e filhos que não sabem ser filhos porque vivem sem rumo, sem direção. Perdem-se por caminhos enganadores e só encontram sofrimento e dor. Temos a sensação de que tudo gira em torno do descompromisso e do imediatismo. Educar é, sem dúvida alguma, uma tarefa árdua que envolve toda a vida. Ninguém deixa de ser pai ou mãe porque filho é para sempre e precisa, mais do que tudo no mundo, ser muito amado!

Não há nada mais lindo para um pai e uma mãe do que ouvir palavras que revelem o coração de um filho: “Seu filho é um homem bom, justo, honesto”.“É um bom pai, um amigo fiel e leal” . “É um homem de fé!”. Ao ouvir isto, o coração se acalma porque podem dizer: ”Nosso filho deu certo! Cumprimos a missão que Deus nos confiou porque entregamos ao mundo um ser humano que vale a pena”.

Indiscutivelmente, não existe família sem presença, sem diálogo, sem compromisso, sem confiança! Quem ama sempre encontrará tempo para aqueles que são importantes. Pais e filhos que se amam e se respeitam suportarão juntos todos os percalços do caminho.

Ir. Deuceli Kwiatkowski

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Uma questão de escolha!

Nós nos transformamos naquilo que amamos, acreditamos e guardamos. A vida é assim. Uma questão de escolha!

Todas as situações humanas são facas de dois gumes. Podem fazer bem e podem fazer mal. Depende de como nos colocamos diante da vida, com nossos valores e princípios.

Há momentos, palavras, olhares que nos marcaram profundamente. Fazem parte de nossa vida de uma forma tão bonita e inesquecível que permanecem no coração, para sempre nos lembrarem da força que existe no amor gratuito, na atenção contínua, no cuidado amoroso.

Outras vezes lembramos palavras, olhares, gestos que doeram mais que o comum. Sentimos dor porque palavras doem, olhares matam, gestos machucam. Em certos momentos mágoas afloram, revivemos tudo novamente e acabamos elegendo nosso coração como nosso maior adversário. Ele sofre injustamente porque ressentir a dor é uma injustiça que cometemos contra nós mesmos.

A dor tem o poder de nos fazer parar e de neutralizar iniciativas. Paramos na dor e não conseguimos expulsar de dentro de nós sentimentos que lutam contra nós. Ficamos em desvantagem com a inutilidade de sentimentos que persistem em não cicatrizar porque acumulamos raiva, ressentimentos, ódio e corremos o risco de transformar a vida em uma existência vazia, triste e sem sentido. Morremos na dor cultivada.

Interessante é que o coração não consegue fazer duas coisas juntas: ou ele ama ou odeia. É uma questão de escolha.

Talvez o tempo nos ajude, ele é também redentor. É preciso descobrir um jeito de ir até a dor, entender a mágoa e deixar-se curar. Corações que não se abrem para a ação de Deus, não experimentarão a alegria do perdão e da reconciliação. Um coração reconciliado é um coração sereno, liberto. Volta a viver em paz!

Se não faço pelo outro, devo fazer por mim. É uma questão de decisão!

Ir. Deuceli Kwiatkowski

terça-feira, 22 de maio de 2012

Um jeito só meu!

Nestes dias, no final de uma tarde de domingo, participei de um belíssimo show de bandas católicas em um espaço fantástico, com capacidade para milhares de pessoas. Foi, sem dúvida alguma, um presente de Deus na minha vida!

Estávamos entre amigos. Uma grande família unida pela mesma fé. Irmãos de caminhada, buscando, através da música, fazer daquele momento um jeito bonito de estar mais perto de Deus. E Ele estava tão próximo que nos falou muitas vezes...

Foi uma experiência única, comovente, vibrante, alegre, musical porque a palavra de Deus anunciada e cantada, poeticamente, chegava com suavidade, força e beleza ao coração de crianças, jovens e adultos. Verdadeiramente Deus não se impõe, mas vai chegando suavemente para ficar.

Ao olhar aquela multidão, mergulhada no encanto que a música produzia em cada coração, fiquei pensando: quanta beleza e quanta diversidade de dons! Cada um com seu jeito, seu tom de voz, suas habilidades musicais, sua forma de comunicar, de estar no palco, de compôr as canções, de cantar. Tudo era bonito demais porque, cada um, deixava transbordar o que de melhor sabia fazer. E faziam para nós, para o mundo.

Existia sintonia. Interessante perceber que não há conflito quando cada um está no seu lugar, fazendo o que deveria fazer, com seu jeito único de ser. Se estivermos no lugar desejado por Deus para nós, existirá sempre paz, admiração, gratidão. Os meus dons são dons para o outro!

“O amor talvez seja isso. Encontro de partes que se complementam, porque se respeitam. E, no ato de se respeitarem, ampliam os mundos”. Pe. Fábio de Melo

Sempre haverá algum coração esperando por um gesto de amor. Fazer o outro feliz pode ser bem simples e fácil. Não precisamos complicar, basta fazer do jeito que é só nosso! Com nossos dons!

Cantar, rezar, tocar, escutar, falar, cuidar, ajudar, arrumar, cozinhar... não importa. Importa que transborde sempre o melhor de nós!

Ir. Deuceli Kwiatkowski

domingo, 20 de maio de 2012

Deixar falar o amor!

A palavra é um dom maravilhoso em nossa vida! Palavras chegam ao coração, falam de paz, acalentam na dor, anunciam boas notícias, salvam vidas. Palavras são redentoras! Eternizam-se no tempo e na história.

Palavras são como flores depositadas no coração. Devem deixar o perfume suave da beleza, da verdade, do amor concreto.

Mas a palavra também pode ser uma lâmina afiada nos lábios de pessoas insensíveis e más. Destrói famílias, finaliza amizades, joga na miséria um coração, põe fim à vida.

Talvez em nosso tempo nunca se comunicou tanto, mas também nunca, como hoje, estejamos tão cansados apenas de palavras. Palavras vazias que não comunicam vida morrem assim que são pronunciadas. Palavras, palavras, palavras... de que valem se não se transformam em solidariedade, em compaixão, em perdão, em amor pelo outro?

Fala-se muito de coisas, mas comunica-se pouco aquilo que é o essencial da vida. Fala-se muito de bem-estar, mas as pessoas continuam vivendo na solidão.

Mais do que em outros tempos, temos necessidade de silêncio. Quem não é capaz de calar, não é capaz de comunicar algo que tenha raízes. Fica na superficialidade de um discurso que não se compromete com o tempo em que vive. Por isso, é preciso redescobrir a beleza do silêncio que contempla e da palavra que anuncia.

O mundo está cansado de palavras. O que dá testemunho de nosso amor não é a declaração que a linguagem das palavras nos permite, mas é a linguagem dos gestos que concretizamos diariamente em nossos encontros.

“Muitas vezes é preciso calar porque é justo assim o fazer, deixando falar somente o amor”, nos diz Bento XVI. Esta linguagem o mundo entende porque tem a força do testemunho que ultrapassa qualquer explicação.  


Ir. Deuceli Kwiatkowski

A beleza nos cala!

Hoje, olhei para o mar e ele me calou. Respirei fundo. Não quis saber de palavras, de poemas, de frases feitas, apenas quis olhar para ele.

Silenciosamente, deixei que ele me tocasse e me fizesse sentir a grandiosidade daquele momento único. Não queria ser despertada por ninguém naquele instante.

Demorei ali um tempo, perdi o tempo me encontrando e contemplando. O mar estava lindo, tão azul quanto o céu. Os dois pareciam um só, numa magnífica sintonia da beleza.

Depois de um tempo, tirei as sandálias para sentir a areia sob os pés e toquei a água, tão poderosa, naquele vai e vem das ondas e, ao mesmo tempo, tão suave e acessível.

Ele não tinha pressa. Estava ali para muitos, milhares e milhares. Sem distinção, sem preconceito, sem diferenças, simplesmente para todos. E, naquele belíssimo cenário, o sol lhe fazia companhia. Brilhava forte e majestoso sobre as águas imensas. Juntos, davam o mais belo espetáculo visto! Nenhuma criatura humana poderia idealizar beleza assim!

Inegavelmente fomos criados para a beleza porque Deus é a beleza suprema. Ela nos atrai. Nós a desejamos sempre por perto. É uma força que nos faz calar porque nos transporta para a experiência da contemplação silenciosa. As perguntas não têm importância alguma, neste momento, porque o que importa é deixar-se vencer por ela. Extasiar-se e humildemente calar.

A beleza está em todas as partes e lugares. Basta olhar para as flores de um jardim ou para a beleza das macieiras em flor ou com os frutos. Olhar para o horizonte do alto de uma montanha e sentir a vontade de ter asas para voar ou viajar horas na companhia dos mais variados tons de verde à beira da estrada. Olhar para o céu numa noite estrelada ou encantar-se com a noite em dia de lua cheia. Olhar para o sorriso de uma criança ou para os olhos de uma mãe com o filho nos braços.

Parece que nossos olhos não dão conta de tanta beleza e, por mais que queiramos encontrar uma palavra para descrever o que sentimos, só conseguimos balbuciar palavras vazias.

Diante da beleza, não temos outra opção a não ser abandonar as palavras. Contemplemos apenas o mistério insondável do Deus Criador e digamos: Meu Deus, que é o homem para dele vos lembrardes com tanto amor? (Sl 8).

Ir. Deuceli Kwiatkowski


sábado, 19 de maio de 2012

Encontros com contornos!

Ninguém vive sozinho neste mundo. Todos nós precisamos de alguém por mais reduzido que seja o número de pessoas que convivam conosco.

Conviver é estar com as pessoas de uma forma tão bonita porque é a grande possibilidade que temos de amar, crescer, enxergar algo que ainda não tínhamos percebido. O outro me ajuda a ampliar o olhar para o mundo ou, talvez, para o meu pequeno mundo, e o tempo se empenha em ajeitar as descobertas no seu lugar.

Nossos dias têm a graça de serem marcados por muitos encontros. Infelizmente, damo-nos conta de que a maioria deles acontece de forma rápida, superficial, apenas profissional. Na verdade, são encontros sem contornos.

Os afazeres da vida nos atropelam e nós nos atropelamos. Damos muitas desculpas para nossas correrias e para nossa falta de tempo, e chegamos ao final do dia cansados e com a triste sensação de insatisfação por termos feito tudo pela metade, sem atenção e cuidado. Quantas vezes não temos memória do que fizemos pela manhã ou de quem encontramos?

Encontros deveriam ser assim: com contornos! Deveríamos olhar mais para decorar o contorno do rosto, a cor dos olhos, os gestos no ar, a entonação das palavras ou as pausas de silêncio. Deveríamos decorar cada toque para que, um dia, na ausência da vida, podermos tirar do coração as lembranças que a memória amou e guardou para serem recordadas na serenidade e na paz.

Se não prestamos atenção às pessoas que amamos e vivem conosco, perdemos a oportunidade de guardarmos o que de melhor elas têm: o jeito único de ser, de sorrir, de gargalhar, de abraçar, de fazer aquele bolo delicioso, de arrumar a casa, de estar conosco.

Pe. Fábio diz que “pessoas são como livros, precisam ser lidas” e, por que não, decoradas? Não paremos na capa. Há muita riqueza escondida em capas não atraentes”.

Ir. Deuceli Kwiatkowski

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Corações serenos!


Em nossa jornada diária encontramos muitos corações! Alguns angustiados pelos problemas que se acumulam, outros destruídos pelas escolhas erradas e milhares sofrendo a dor da ausência de amor, de perdão, de cuidado, de atenção.

Na maioria das vezes seria necessário apenas um carinho sem palavras, uma flor sem motivos para fazer um coração voltar a bater dentro do peito de um pai, de uma mãe, de um filho, de um amigo.

O mundo é um gigante pulsar de corações que batem em ritmos e compassos diferentes. Cada um a seu modo, da forma que pode suportar e sem saber até quando porque pode aquietar-se pelo excesso de sobrecarga acumulada ao longo dos dias.

Algumas vezes, assustamo-nos com corações a mil, agitados por coisas tão pequenas e passageiras. Não conseguem serenar o coração para que sofra menos e não se desgaste por tão pouco quando a vida é tão maior.

Certamente gostaríamos de encontrar muitos corações com a serenidade do céu ou de alguém que já entendeu profundamente o que é a vida verdadeira. Sem pensar muito, sentaríamos perto, porque seríamos atraídos pela suavidade de alguém que finaliza bem cada momento.  

Quanta falta sentimos de pessoas que possuam a virtude da serenidade em tal medida que irradiem em todos os que estão perto, a claridade e o brilho de seus corações para que continuem a irradiar nos outros como alegria de viver, bom humor, confiança e esperança.

Quem é portador de luz, multiplica alegria e claridade, mesmo que a vida conduza por caminhos de lágrimas e dolorosa tensão. Olha para suas perdas de foram corajosa e determinante. Ocupa-se de sua dor de um jeito novo e permanece com o coração sereno.

Quem alcança a serenidade atinge o mais alto e o mais nobre de todos os fins: a paz interior. Caminha desperto e atento porque entendeu, ao longo da vida, que o segredo que mantém a serenidade na alma está em compreender que tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Assegura-se, então, do que permanece para sempre.

Ir. Deuceli kwiatkowski

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Honrar pai e mãe!

Inscritos em nosso coração estão os mandamentos de Deus como revelação de sua predileção pelo ser humano e como setas que apontam o caminho que torna a vida mais nobre.

Deus nos quer trilhando caminhos que potencializem nosso amor a Ele e ao próximo. Deus sabe que, desviando-nos de seus caminhos, encontraremos banquetes enganadores, amigos falsos e interesseiros, ilusões contínuas e uma profunda tristeza na alma.  

Quando pensamos no quarto mandamento, todos nos sentimos filhos. Deus, cuidadosamente, escolheu pessoas que cuidariam de nós durante toda nossa vida. Esqueceriam quase de viver para desdobrarem-se em amor e doação contínua sem esperar nada em troca. Tudo feito na mais pura gratuidade porque aceitaram gerar uma vida para gerá-la em todos os dias da vida.

Sem dúvida, o amor não é uma palavra apenas, mas é sacrifício, doação, entrega total. Sem esta dimensão, torna-se egoísmo.

“Honrar pai e mãe” é um vivo convite a todos nós a um comprometimento no tempo com aqueles que, por um ato de amor, nos deram a bela possibilidade de viver e estar neste mundo. Eles não merecem menos do que nosso amor profundo e verdadeiro, nosso respeito cheio de gratidão porque, na promessa que se concretizou, deram sim à vida.

Certamente existem, pelo mundo afora, filhos que, tristemente, não conheceram seus pais porque foram abandonados por eles ou porque já não existem mais. Outros vivem o dilema amargo de serem órfãos de pais vivos. Sentem a dor contínua da insignificância e do esquecimento. Uma chaga que permanece aberta, sangrando em muitos corações, sem possibilidades de cura. Milhares de filhos carregam no coração a tristeza profunda de ter os pais separados ou bêbados pelas ruas, entregues aos vícios, violentos em casa, incapazes de amar a sua família.

E a pergunta que se apresenta agora é esta: Como amar um pai assim que causa tanta dor e decepção, que não ama o filho, que o abandona, que o despreza, que não se importa com sua vida? Que dor maior pode existir no coração de um filho?

Mas Deus nos diz: “Meu filho, honre seu pai e sua mãe”. Você pode não amá-los porque é difícil perdoar e amar no sofrimento, no abandono, na dor. Mesmo assim, você deve honrá-los. Independente de seus inúmeros pecados, você deve respeitá-los porque a vida não gira em torno da coerência, mas do amor!


Ir. Deuceli Kwiatkowski

terça-feira, 15 de maio de 2012

Pais, não desanimem seus filhos!

Tantas vezes a agitação nos tira a serenidade e a tranquilidade para que possamos pensar antes de agir ou de falar.

E, não raras vezes, nos arrependemos amargamente por termos sido indelicados, arrogantes, estúpidos em nosso jeito de ser, de corrigir ou de dar razões por termos ou não adotado tal atitude.

Intolerância, impaciência, agitação destroem muitos relacionamentos entre pais e filhos, entre esposos e esposas e deixam arranhadas tantas amizades que nasceram de encontros verdadeiros.

E, o pior de tudo, é que, mesmo se pudéssemos voltar no tempo, não teríamos como tirar as marcas negativas que deixamos no coração daqueles com os quais não soubemos ser elegantes em nosso comportamento ou gentis em nossas palavras. Se não considerarmos as consequências de nossos atos e palavras, dificilmente trilharemos caminhos novos.

 Família é um presente de Deus! Não existe família sem diálogo, sem presença, sem amor constante.

“Por isso, pais, não desanimem seus filhos!” (Cl 3,21). Digam-lhes palavras que não os magoem para que não se sintam desencorajados a viver. Eles podem não esquecer mais e as mágoas destroem sentimentos. Tenham paciência quando não conseguirem realizar uma tarefa. Eles estão apenas começando a entender o que é a vida e, para aprender, precisam treinar muito. Eduquem-nos com firmeza, mas com a suavidade do amor para que compreendam que quem ama corrige. Ensinem a seus filhos, com bons exemplos, a serem pessoas de coração reto, justo e honesto para que, um dia, sintam orgulho de serem seus pais. Falem de Deus para eles, para que O conheçam e aprendam a amá-lo, desde pequenos. Assim nunca se sentirão sozinhos mesmo quando a dor chegar.

“Filhos, não entristeçam seus pais!” Sejam verdadeiramente gratos pela vida, pelo amor incansável, pela doação sem limites e gratuita. Cuidem deles, com todo o amor, até o final de seus dias para que vivam felizes e se orgulhem de tê-los como filhos. Escutem amorosamente suas histórias para que na ausência de suas vozes, possam contá-las e repeti-las incansavelmente aos seus filhos. Decorem cada gesto ou o jeito de falar, de olhar, de abraçar porque um dia se tornarão apenas lembranças cheias de saudade de um filho que queria poder ainda deitar, mais uma vez, no colo e sentir o toque das mãos acariciando os cabelos. 

É no colo dos pais que as grandes lições da vida são aprendidas! Quem ama sempre encontrará tempo para aqueles que são importantes! Compreender o valor das pessoas, em cada momento de nossa vida, é reconhecer, inegavelmente, que somos parte de todas elas.

Ir. Deuceli Kwiatkowski

domingo, 13 de maio de 2012

Crescer juntos!

Jesus era um exímio contador de histórias. Ninguém falava como Ele!

Todos eram atraídos pelo Mestre de Nazaré que amava a natureza, as pessoas e, da vida, tirava as mais belas lições.

Multidões corriam atrás daquele que ensinava através das coisas simples do dia a dia. Todos o compreendiam porque falava de ovelhas, de moedas, de videiras, de sal, de luz, de sementes, de um jovem rico que era apegado aos seus bens, de outro que gastou tudo o que tinha e de um samaritano que tinha um coração bom.

Jesus era incansável nas suas pregações. Das realidades visíveis e tão presentes na vida diária, Ele falava do amor, da bondade, do perdão, do arrependimento. Ensinava como ninguém que o amor é o maior mandamento!

Um dia, Jesus estava contando suas histórias e, entre tantas, falou que o Reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boas sementes no campo. Entretanto, enquanto os semeadores dormiam veio o inimigo e semeou o joio no meio do trigo. Trigo e joio cresceram juntos. O que fazer? Arrancar tudo: trigo e joio? Por causa do joio, perder o trigo?

Surpreendentemente continuou Jesus: “Deixai-os crescer juntos! Virá o tempo da colheita e o joio será arrancado e queimado” (Mt 13,24).

Gosto desta parábola! O mundo é assim: bons e maus vivem juntos, aqueles que creem e aqueles que duvidam, aqueles que constroem a paz e aqueles que desejam a guerra, aqueles que se doam até o sacrifício da própria vida e aqueles que morrem no próprio egoísmo, aqueles que ensinam o amor e aqueles que odeiam, aqueles que defendem a vida e aqueles que matam.

O mundo é um imenso campo onde trigo e joio crescem juntos. É nesta realidade que vamos vivendo a nossa fé, acolhendo a todos e tornando-se amigos dos amigos de Jesus. Somente no entardecer da vida, seremos julgados pelo nosso amor.

Jesus não quer facilitar a vida de ninguém. Ele sabe que é na provação que damos testemunho de nossa fé. A fé é algo concreto, passa pela dor, pelo sacrifício. Não é apenas uma palavra, mas é um sim: eu creio!

Não ignoremos a cruz! Não desanimemos! Não percamos a fé! Permaneçamos vigilantes! Sejamos fiéis! A cruz faz parte de nossa vida assim como fez parte da vida de Cristo. Isto é real!

Nosso olhar de fé deve ser de uma pessoa madura, de homens e mulheres que encontraram em Cristo a razão da própria vida e a Ele se unem seja na alegria ou na dor, seja no sacrifício ou no amor. Com Cristo, a cruz se torna mais leve porque Ele não nos daria uma cruz maior do que nossas forças pudessem suportar. Deus é Pai e Ele cuida de nós! Somos seus filhos!


Ir. Deuceli Kwiatkowski

sábado, 12 de maio de 2012

O amor existe!

Todos os dias ouvimos as mais variadas opiniões, ideias, queixas sobre diversos assuntos que  nos fazem, algumas vezes, dar uma resposta imediata daquilo que pensamos, lemos e acreditamos ou nos fazem calar porque seria, como bem disse Jesus, “ jogar pérolas aos porcos”. Não produziria nada de bom.

É claro que seria um belo exercício de tolerância, sobretudo, quando vemos pessoas tão necessitadas de uma palavra esclarecedora que amplie o jeito de pensar e ver o mundo. A vida é infinitamente maior do que nosso pequeno campo de visão.

Há poucos dias ouvi uma pessoa que parecia estar convencida do que dizia. Em poucas palavras, deixou transparecer sua tristeza e insatisfação pela falta de acolhida que existe na Igreja Católica.

Logo pensei assim: generalizar nunca é o melhor caminho. Quando dizemos que ninguém faz nada ou muito pouco, talvez seja porque estamos partindo de nossa própria experiência.

Frequentemente muitas pessoas caem no erro grave de pensar que tudo está perdido, que ninguém é bom, que todas as pessoas só agem por interesse próprio, que a corrupção é uma realidade na vida de todos etc, etc. Vivem assim numa terrível desesperança acreditando que não há mais nada o que fazer, cruzam os braços, paralisam o coração. Lamentavelmente não conseguem mais enxergar que o amor existe e está aí no olhar, nas mãos, no cuidado, nas palavras de milhares de pessoas pelo mundo afora.

Não podemos viver sem lembrar que a Igreja é santa e pecadora. Cristo, nosso Mestre, é o caminho que devemos seguir. Nós, porém, somos pecadores, fracos, frágeis e erramos em nossas atitudes, mas Deus não erra.

Este é o mundo em que vivemos e é neste tempo que Deus nos concedeu viver que devemos continuar acreditando no bem e semeando a esperança. Há muita gente se doando no escondimento, cuidando dos pobres, das crianças abandonadas, dos rejeitados pela sociedade. Há muita gente vivendo verdadeiramente a mensagem do Evangelho pelas estradas do mundo, nas escolas, nos hospitais, nas casas de acolhida, nos orfanatos.

O amor existe verdadeiramente porque fomos amados por Cristo e o amor de Cristo nos impele a amar! Quem ama é verdadeiramente feliz! Sigamos este caminho se queremos encontrar significado verdadeiro para nossos dias neste mundo!


Ir. Deuceli Kwiatkowski

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A vida nos surpreende!

Ultimamente tenho pensado muito na vida, na sua beleza e, ao mesmo tempo, na sua fragilidade. A vida é um sopro!

Um dia, ausenta-se de nós, daqueles que amamos e admiramos ou, simplesmente, daqueles que conhecemos.

Nossos dias são sempre marcados por muitos encontros e desencontros, muitas conversas edificantes ou desesperançosas e por muitos problemas para resolver. E assim a vida segue o seu curso sempre surpreendente porque não sabemos o que viveremos em cada dia depois que nos damos conta de que nossos olhos se abriram.

Neste vai e vem, escuto, quase todos os dias, alguém que me diz: “Como você está?”  E, rapidamente, as palavras me saltam dos lábios, sem pensar, mas com grande força e certeza: “Vivendo um dia de cada vez!”

Não falo isso somente por falar, mas porque, neste momento da minha vida, não consigo pensar em outra resposta melhor porque preciso, antes de falar para quem me escuta, falar pra mim mesma que hoje é o tempo que tenho para viver, para ser melhor, para ver o sol brilhar e sentir a chuva cair, para estar ao lado de alguém, para errar menos e amar mais.

Jamais um dia será como o outro! Não somos os mesmos em cada novo amanhecer e não sabemos o que nos reserva o dia de amanhã. O segredo é ocupar-se de cada dia de uma forma cativante e apaixonada porque, talvez amanhã, a dor chegue e nos faça ficar, um pouco, quebrados pela vida.  Por isso, Pe. Fábio de Melo sabiamente diz que “A melhor forma de viver o tempo presente é amando porque amar é agora!

Se não temos como saber o que viveremos depois do entardecer, vivamos o agora para dizer às pessoas o quanto elas significam para nós. Depois que a vida se ausentar, não teremos mais a oportunidade de voltar no tempo para recompormos tudo o que deixamos de realizar.

O tempo é agora! É no momento presente que encontro pistas para continuar serenamente a caminhada da vida.


Ir. Deuceli Kwiatkowski


terça-feira, 8 de maio de 2012

Palavras ficam em nós!


Nestes dias tive o privilégio de viver entre a contemplação, a oração e a convivência fraterna num lugar inspirador onde silêncio e beleza se harmonizavam perfeitamente.

Gestos tocam o coração, atitudes marcam a vida e as palavras ficam em nós. Fazem eco, rodeiam nossos pensamentos, trazem uma sensação maravilhosa ao coração, nos inquietam, bagunçam nossas ideias e não nos deixam em paz até que tenham cumprido sua tarefa de fecundar novas sementes em nós.

Impressionante é que as palavras sempre têm algo a nos dizer. Simples ou não, elas deixam rastros que nos fazem curiosamente desbravar caminhos em nossa mente, em nosso coração, tantas vezes, inimagináveis.

A partir daí, surgem como possibilidade de repensar nossas atitudes, de rever nossos valores, de encontrar caminhos seguros, de dar significado maior ao que fazemos em nossos dias. É como se tudo recebesse um brilho novo capaz de nos fazer enxergar o que antes não conseguíamos ver. São os pequenos detalhes da vida que potencializam nossos dias e nos dão um jeito bonito de viver.

Palavras são alimento para a alma. Muitas vezes dizem tudo e, quase sempre, o mais importante fica nas entrelinhas. Um ouvido atento nos ajudará a perceber o que não foi dito porque a vida não cabe nas palavras, assim como a dor e o amor.

Incrível como as palavras têm o poder de curar corações, de iluminar cantinhos escuros, de acariciar na dor, de aconchegar nas desilusões, de acalmar nas tempestades, de surpreender no perdão, de encorajar nas desesperanças.

As palavras vivem em nós, multiplicam-se incontrolavelmente, brotam em nosso coração e saem de nossos lábios com a força de nossa paixão ou de nossa fraqueza, de nosso amor ou de nosso egoísmo, de nossa fidelidade ou de nossas traições.

Palavras são como flores: precisam ser cultivadas. Sem dúvida, oferecer uma flor a uma pessoa vale mais do que mil palavras, mas uma palavra cheia de amor, permanece para sempre no coração daquele que a recebe.

Ir. Deuceli Kwiatkowski

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Um leque de possibilidades!

Quando encontramos o Senhor, em algum momento de nossa vida, ou melhor, quando fomos encontrados por ele, não tínhamos ideia dos caminhos que iríamos percorrer com ele.

Aos poucos, ele foi nos dizendo quem era e foi nos conquistando. Para alguns, já na infância, com os próprios pais; para outros, na adolescência, com os amigos; para muitos, na fase adulta, depois de andarem por outros caminhos.

Os encontros são assim, surpreendentes! Inesquecíveis como o olhar de uma mãe ou como um gesto cheio de amor! Tão suaves como a brisa ou tão fortes como uma tempestade.

Milhões de pessoas já viveram a experiência deste encontro ao longo dos séculos. Indiscutivelmente, não foi um encontro qualquer com qualquer um. Foi um encontro único e pessoal com Cristo que nos tocou e nos deixou sem palavras, mas com a certeza de que era o encontro mais profundo e verdadeiro, capaz de mudar nosso coração, nossas atitudes, nosso jeito de pensar e viver.

Não sabemos nada do que a vida nos reserva e, por isso, precisamos viver cada dia como um grande dom de Deus. Deus não nos abandona em nossas tribulações ou incertezas, mas coloca à nossa disposição um leque de possibilidades que iluminam nossa existência, reorientam nossas escolhas, revigoram nossas decisões, aquecem o coração para caminharmos firmes na fé e alegres na esperança.

Se estamos cansados, fracos ou abatidos, Cristo nos alimenta com seu corpo e sangue e nos fortalece; se nos sentimos indignos e frágeis, ele perdoa nossos pecados e nos devolve a paz; se estamos confusos e desorientados, a sua Palavra ilumina nossos passos e nos indica a direção certa.

Deus quis permanecer conosco para fazermos juntos a jornada da vida. “Incessantemente vem ao nosso encontro, através das pessoas às quais ele se revela; através da sua Palavra, nos sacramentos, especialmente na Eucaristia”.

Em cada momento de nossa vida, temos à nossa disposição uma mesa farta: o pão da vida, o pão da palavra, o pão do perdão. Cristo só espera que nos aproximemos deste banquete espiritual com humildade, fé e confiança para termos continuamente a mente e o coração transformados conforme seu plano de amor.


Ir. Deuceli Kwiatkowski