quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Celebração Eucarística: lugar privilegiado do encontro com Deus!

“Deus está na surpresa e no inesperado. Quando menos imaginamos, sua presença irrompe nos lugares cotidianos mais inusitados”. Pe. Fábio de Melo.

Deus é assim... surpreendente! Ele se deixa encontrar e tocar! Ele vem a nós como amigo fiel!

Neste ano da fé, somos todos chamados a fazer a experiência do encontro profundo e verdadeiro com Cristo através da sagrada liturgia. Um dos lugares privilegiados onde acontece esse encontro pessoal com Cristo é, sem dúvida alguma, na celebração eucarística.

Através das celebrações litúrgicas torna-se possível sentir, experimentar e viver intensamente Jesus, Palavra do Pai, que pelo seu Espírito vive no meio de nós.

Há beleza em cada gesto, sabedoria em cada palavra, há um mistério inexplicável. A liturgia é fonte de evangelização porque nos educa na fé mediante sinais sensíveis. Ela nos dá e nos transmite o conteúdo da nossa fé porque nela Deus fala ao seu povo e Cristo anuncia o seu Evangelho como proposta de vida plena.

“A nova evangelização depende, portanto, em ampla medida, da capacidade de fazer da liturgia a fonte da vida espiritual”. Dom Geraldo Lyrio

Eis o grande desafio para todos nós cristãos: fazer com que nossas celebrações litúrgicas sejam, cada vez mais, bonitas e transparentes de beleza divina; momento forte de experiência de Deus, de um Deus vivo e verdadeiro; fonte de força nova e renovadora que nos dê alegria e esperança para vivermos com Cristo e no seu amor.

Nosso Papa nos diz, de uma forma tão expressiva e forte, que “a liturgia anuncia a Boa Nova celebrando-a!” Felizes somos nós que participamos da Ceia onde podemos encontrar o Senhor vivo! Não pode ser triste este encontro, mas celebrado em profunda alegria porque esta é a razão maior de nossa fé: Ele está no meio de nós!

Se queremos crescer numa espiritualidade sólida e profunda, não podemos esperar menos do que isso.

Se queremos Deus fazendo parte da nossa vida e da vida de nossa família, se queremos que o Evangelho de Cristo perpasse todas as situações diárias e nos comunique um jeito bonito de viver, se queremos dar significado aos nossos dias, não temos outro caminho seguro, a não ser  ir ao seu encontro e cear com Ele.

Se estivermos unidos a Cristo, seremos por Ele transformados em criaturas novas e cada celebração eucarística será uma festa de alegria, de encontro e paz e não mais será facilmente deixada de lado. Aos poucos compreenderemos que tudo fará mais sentido em nossa vida se este encontro privilegiado com Deus se tornar um momento sagrado e irrenunciável!


Ir. Deuceli Kwiatkowski

sábado, 1 de dezembro de 2012

Iluminados pela fé em Cristo!


Neste ano da fé, nosso Papa nos ajudará a prosseguir no caminho de meditação sobre a fé católica.

Embora sintamos ventos contrários, sentimos também o vento do Espírito Santo que ilumina e mostra o caminho reto; e, assim, com novo entusiasmo, colocamo-nos à escuta para acolher o anúncio do desejo urgente de uma nova evangelização que se traduz num apelo pessoal de conversão.  

Fiquemos atentos ao seu incansável convite para irmos, sempre mais, ao encontro de Cristo porque um cristão que se deixa guiar e plasmar gradualmente pela fé da Igreja, não obstante as próprias fragilidades, limites e dificuldades, torna-se como uma janela aberta à luz do Deus vivo, que recebe esta luz e a transmite ao mundo.

Bento XVI nos diz: “A fé é um dom, porque é Deus que toma a iniciativa e vem até nós; e, assim, a fé é uma resposta com a qual nós O acolhemos como fundamento estável da nossa vida. É um dom que transforma a existência, porque nos faz entrar na mesma visão de Jesus, o qual age em nós e nos abre ao amor a Deus e aos outros”.

É dando a fé que ela se fortalece! Todos somos chamados a testemunhar a própria fé. Mas, para isto, o encontro com Cristo é decisivo. Urgente se torna anunciar de novo Cristo onde a luz da fé diminuiu, onde há apenas brasas e elas precisam ser reavivadas com o fogo do amor, da compreensão, da esperança.

Sem dúvida, a vida familiar é o primeiro lugar no qual o Evangelho se encontra com o dia a dia da vida e mostra a sua capacidade de transfigurar as situações fundamentais da existência em gestos e atitudes de amor. Lugar privilegiado onde a fé pode crescer, ampliar e modificar a vida porque ela é luz que abre os olhos do coração. Todos nós precisamos de luz porque sem ela somos como cegos que não sabem a direção, perdidos pelos caminhos da vida, sem rumo certo, sem dignidade, sem esperança de viver.

“Podemos enfrentar o tempo presente: o presente, ainda que custoso, pode ser vivido e aceito, se levar a uma meta, se pudermos estar seguros desta meta e se esta meta for tão grande que justifique o cansaço do caminho”. Bento XVI

Deixar-se iluminar pela fé em Cristo é uma decisão que compromete toda a existência. Fé e vida não podem estar dissociadas; caminham juntas. Elas precisam vibrar na mesma sintonia porque, caso contrário, o testemunho de vida ficará enfraquecido e o Evangelho de Cristo não ecoará no mundo através do meu jeito de viver, de ser, de agir.

Precisamos dar Deus às pessoas! Se não damos Deus, damos muito pouco.

Renovemos sempre a nossa fé e digamos com firmeza: nós cremos!


Ir. Deuceli Kwiatkowski

sábado, 24 de novembro de 2012

Coisas que aprendi!

Vivemos na vida tantas experiências maravilhosas, significativas, verdadeiras e outras um pouco mais sofridas. De qualquer forma, nós não as esquecemos, boas ou não, fazem parte da nossa história. Jamais nos deixarão porque nos fazem ser o que somos.

Mas neste momento quero lembrar apenas das coisas boas que aprendi com pessoas que jamais esquecerei. Ensinaram-me a viver quase sem palavras. Apenas fui observando e, no olhar, memorizei cada gesto, cada atitude de amor, de entrega, de fé.

Aprendi a viver na simplicidade porque o amor é simples, não é complicado e, tão pouco, mesquinho; ele é generoso, atento, solidário, paciente e prestativo. O amor é tudo na vida!

Aprendi que os gestos de amor substituem as palavras e alcançam os corações. Aprendi que rezar não é perder tempo, mas encontrar-se. É perceber-se dependente de um Outro que chega a nós para ampliar nosso pequeno mundo. Aprendi também que alguns precisam ficar de joelhos para que outros permaneçam em pé.

Aprendi que quando alguém precisa de nós, podemos dividir o que temos. Podemos repartir um pedaço de pão, partilhar uma palavra, realizar um gesto de amor, disponibilizar um coração atento para apenas ouvir. Aprendi que fazer o outro feliz é simples. Por exemplo, quando se faz o bolo favorito é tornar este momento muito especial.

Aprendi que ter paciência quando um filho que está aprendendo a viver ainda faz tudo errado, é um investimento seguro para o mundo. Aprendi que ser honesto não é ser ingênuo, mas é ser um homem de verdade.

Aprendi que cuidar daqueles que cuidaram de nós é a mais bela resposta ao amor recebido. Aprendi que cuidar das coisas de casa é sinal de que amamos aqueles que estão conosco. Aprendi que receber bem quem chega a nós é mais importante do que qualquer outra coisa que estamos fazendo.

Aprendi que há momentos difíceis na vida que nos machucam, mas que não há nenhum problema a gente chorar. Aprendi que para perdoar alguém que nos fez mal é preciso humildade porque todos somos pecadores. E, a qualquer momento, eu precisarei que alguém me perdoe e me compreenda na minha fragilidade.

Aprendi que cuidar das pessoas, organizar bem a casa, realizar tudo com amor era o jeito certo de ser quando crescesse. Aprendi que, independente de qualquer condição social, as pessoas devem ser respeitadas como seres humanos porque o amor vai além das aparências.

Aprendi tantas coisas na vida que me tornaram uma pessoa melhor porque aprendi com pessoas que descobriram um jeito bonito de viver neste mundo. E este jeito bonito de viver se realiza no exercício permanente do amor, um jeito especial de ficar nos corações.

Acreditei nesse jeito de ser e de viver e não sei viver diferente! Será que é possível viver sem amar?

Ir. Deuceli Kwiatkowski


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Alguém espera por mim!

Passamos boa parte da vida esperando por alguém ou alguém esperando por nós. Algumas vezes, estamos mais tolerantes e não ficamos chateados com o atraso de um amigo que simplesmente esqueceu do compromisso marcado. Desculpamos e seguimos em frente felizes por estarmos juntos num daqueles momentos bons da vida.

Esta espera é simples e nos compromete pouco. Basta estarmos em sintonia com os ponteiros do relógio para não sermos traídos pelas nossas distrações e tudo fica bem. Os compromissos são cumpridos e as pessoas ficam satisfeitas. Deixamos boas impressões e não passa disso, encontros superficiais e passageiros.

Mas, certamente, não é para isso que vivemos. A vida espera muito mais de cada um de nós.  Não estamos na vida como meros ouvintes ou espectadores, assistindo a vida passar sem nos lançarmos profundamente em algo que vale a pena e que dê significado aos nossos dias. Queremos ser felizes, mas felicidade se constrói no exercício das escolhas certas. Aquelas que nos colocam em sintonia uns com os outros em vista do bem comum.

Quem vive somente para si, empobrece o próprio viver porque a beleza da caminhada está na troca de dons.

Há quem espere de nós apenas uma boa conversa e um pouco de atenção, nada mais. Outros desejam que sejamos bons amigos e que estejamos disponíveis quando as coisas estiverem um pouco difíceis. Mas o que nós podemos oferecer àqueles que esperam algo maior de nós?

Se estivermos atentos às pessoas ao nosso redor, vamos percebendo o que elas esperam de nós em cada circunstância da vida. Se nos pedem confiança, confiemos. Se nos pedem o perdão, perdoemos. Se nos pedem um sorriso, demos também um abraço fraterno. Se nos pedem uma palavra de coragem, deixemos Deus falar através de nós. Se nos pedem para serem amadas, amemos sem medo e sem julgamentos. Se nos pedem algo para comer, saciemos a fome. Se nos pedem alívio no sofrimento, permaneçamos juntos em oração. Se nos pedem esperança e força, apontemos o caminho para Deus. Nele está a vida verdadeira.

Amar não é difícil se estamos atentos às oportunidades. Amar é estar perto de quem necessita de nossa presença; é escutar a quem se deve escutar; é fazer o que é preciso.

“Feliz é aquele que compreende que pessoas têm mais valor do que coisas. Que família é presente de Deus. Que amigos deixam a vida mais bonita”. Pe. Adriano Zandoná

É muito triste para uma pessoa, no fim de sua vida, perceber que desperdiçou tempo demais com o supérfluo e desprezou aquilo e aqueles que eram essenciais. Lembremos sempre que alguém pode esperar por nós para receber, mais do que coisas, o testemunho de um amor sincero, de uma fé viva, de uma esperança contagiante.

“Não se pode crer sem ser amparado pela fé dos outros, e, pela minha fé, contribuo também para amparar os outros na fé”. Bento XVI

Ofertemos às pessoas o que temos de melhor. E o melhor de nós, é a certeza que nos anima quando experimentamos a alegria de viver. Deus nos ama verdadeiramente! Sentir-se amado por Deus faz toda diferença na nossa vida.

Ir. Deuceli Kwiatkowski

sábado, 17 de novembro de 2012

Endereço certo!

Em cada dia há sempre uma novidade! Certamente algumas boas e outras nem tanto. Algumas deixam uma sensação agradável como, por exemplo, encontrar pessoas que não vemos há algum tempo ou ficar feliz por receber uma notícia boa. Outras nos deixam perplexos e sem palavras. Mas coisas boas sempre acontecem e isto faz bem à vida!

Neste vai e vem encontramos pessoas de todos os tipos e jeitos. Uma diversidade sem fim de ideias, pensamentos, gostos, crenças que nos enriquecem porque se assemelham ao nosso jeito de ser e de viver ou porque nos estimulam a viver a unidade na diversidade.

O diferente sempre é desafiante porque foge aos padrões que estamos acostumados a lidar. Para isso, precisamos sair de nós mesmos para entender aqueles que estão de mal com a vida, com as pessoas, com o mundo e, acima de tudo, consigo mesmos.

Tantas vezes, vivem brigados com o mundo simplesmente porque não souberam encontrar o endereço certo para permanecerem seguramente. Aventuraram-se por atalhos aqui e ali, iludiram-se pelo brilho das falsas fachadas e pararam em endereços falsos que lhes tiraram toda possibilidade de chegarem a lugares que verdadeiramente poderiam lhes trazer a felicidade, devolver-lhes a serenidade e a paz, sem reduzir a própria liberdade.

Vivem perdidos pelas estradas da vida sem saber direito como seguir adiante porque não endereçaram a vida, os sonhos, os planos, as metas na rocha firme que é Cristo, único que pode dar sentido e raízes à própria existência. Estacionaram em lugares proibidos e ali permaneceram vendo a vida desmoronar, porque os alicerces da própria existência eram inconsistentes.

Muitos não se dão conta de que cada coisa, cada relacionamento, cada alegria, como também cada dificuldade, encontra sua razão última em ser ocasião de relação com o infinito que é Deus. Somente nEle podem encontrar a vida verdadeira que gera alegria profunda e os torna verdadeiramente livres e disponíveis ao amor.

Só Deus pode ampliar os rumos da nossa história, devolvendo-nos a dignidade e a esperança. Só Deus pode nos fazer crescer generosamente e sem mediocridade, propondo-nos novos rumos que conduzem a uma vida autêntica, a uma vida que sempre vale a pena viver em todas as circunstâncias e que nem mesmo a morte pode destruir.

Se não damos a Deus a condução de nossa existência corremos o risco de sacrificar tudo, dando passos à sorte, sem rumo fixo, deixando-nos levar pelo impulso de cada instante.

É bom sempre lembrar que “na casa de Deus posso ser como sou, que, apesar de todas as falhas e fraquezas, no fundo tudo está bem, porque estou nas mãos de Deus, as quais, por meio de luta e derrota, sucessos e fracassos, mais e mais me transformam na imagem que ele fez de mim”. Anselm Grün

Passemos adiante este endereço! No coração de Deus há espaço para todos!

Ir. Deuceli Kwiatkowski

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Ano da fé!

Estamos no ano da fé!

"Tempo para conhecermos, de modo mais profundo, as verdades que são a seiva da nossa vida! Tempo para redescobrirmos e voltarmos a acolher este dom precioso que é a fé!” diz Bento XVI

Não podemos perder tempo! Iniciamos uma viagem que nos permitirá conhecer mais a Cristo e a nós mesmos.

Nosso Papa nos convida à efetiva unidade porque este é um tempo verdadeiramente decisivo para toda a Igreja de Cristo e para o mundo. Um tempo para recuperar as razões da fé, sua ligação com as questões mais radicais do ser humano em tempos tão difíceis como estes em que se “anuncia Aquele que os homens ignoram”. Um tempo para levar o homem de hoje, muitas vezes distraído, a um renovado encontro com Jesus Cristo, caminho, verdade e vida.

Torna-se, portanto, urgente apresentar a novidade fascinante do anúncio cristão a todos sem exceção ou exclusão: Cristo se mostrou, Ele pessoalmente. E agora está aberto o caminho até Ele. A novidade deste anúncio não consiste apenas numa ideia, mas num fato: Ele se mostrou! Pe.Stefano Alberto

Para poder acolher a Cristo é necessária a humildade da razão. É necessária a humildade do homem que responde à humildade de Deus que se fez homem e veio morar entre nós.

Bento XVI nos diz: “O coração indica que o primeiro ato com o qual se chega à fé é dom de Deus e ação da graça que age e transforma a pessoa até o íntimo”.

A fé nos torna fecundos porque o encontro com Cristo amplia o coração na esperança e permite oferecer ao mundo um testemunho verdadeiro, capaz de gerar outros irmãos na fé para que experimentem também a alegria indizível da sua misericórdia e do seu amor. A fé deve se tornar em nós chama do amor, chama que acende realmente o meu ser, e assim, acende o próximo.

Certo é que quando não se caminha ao lado de Cristo, que nos guia, extraviamo-nos por outras sendas como a dos nossos próprios impulsos cegos e egoístas, a de propostas lisonjeiras, mas interesseiras, enganadoras e volúveis que, atrás de si, deixam o vazio e a frustração.

Eis para todos nós o caminho que temos pela frente este ano. A possibilidade de nos descobrirmos a nós mesmos e, juntos, a Cristo. De ganharmos uma consciência que, fortalecida pela fé, permita enfrentar tudo, sem medo e apoiados no testemunho de homens e mulheres que viveram na fé e pela fé.

Esta aventura é só para homens corajosos, só para aqueles que decidem ser vivos, para aqueles que desejam ser livres, para quem é realmente capaz de gostar dos outros. Será que desejamos menos do que isso?

Ir. Deuceli Kwiatkowski

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

E se tudo for verdade?

“Quem só tem esperança neste mundo, vive um silencioso desespero”. Bento XVI

Como seria viver sem fé? Decididamente é difícil responder. O que podemos dizer é que deve ser muito triste viver sem dar uma razão para a própria existência tão mesclada de alegrias e dores, desafios e vitórias, perguntas e dúvidas.

Como diz Pe. Fábio: “Há coisas que só sei aceitar e não sei compreender”. Há coisas que sentimos e não sabemos explicar. Há momentos em que somente a fé nos faz prosseguir.

A experiência cristã nos aponta um caminho. É uma decisão que compromete toda a existência. Trata-se de um encontro com Alguém que nos desperta para todos os encantos e todas as contradições da realidade e que nos chama à construção do bem.

“Em Cristo ficou cancelada a impreenchível distância entre finito e infinito: o Deus eterno e infinito deixou o seu Céu e entrou no tempo, mergulhou na finitude humana”, diz Bento XVI. 

Reconhecer que somos feitos para o infinito significa percorrer um caminho de purificação. Quem se encontra com Cristo deixa entrar a luz em cada gesto, em cada palavra, em cada situação, em cada sofrimento, em cada derrota, em cada decisão. A vida se torna mais serena porque não se prende às coisas. A vida se torna mais generosa porque desperta sentimentos de gratidão por tudo o que oferece. A vida se torna mais feliz porque a dor não paralisa, mas  impulsiona para frente.

“Mesmo quando se rejeita ou se nega Deus, não desaparece a sede de infinito que existe no homem. Começa, ao invés, uma busca ansiosa e estéril de falsos infinitos que sejam capazes de satisfazer, ao menos, por um momento”, diz Bento XVI.

Um coração que não crê passa a vida correndo atrás de coisas para saciar a sede de infinito que está no próprio coração. Um coração que não crê não é livre. Um coração que não crê não encontra razões para animar os próprios dias. Um coração que não crê não deseja o céu porque não consegue levantar o olhar e descobrir na adesão a Deus a realização plena da própria humanidade.

Muitos negam a Deus e preferem viver como se Ele não existisse, sabemos disso, mas a pergunta decisiva para cada um é: e se tudo for verdade?

Ir. Deuceli Kwiatkowski


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Deus nos livre!

Muitos são os desafios que encontramos diariamente. Muitas são as lutas para não perdermos a fé, nem a esperança e não sucumbirmos no amor.

"Há muitos julgando-se deuses, decidindo por si sós o que é verdade ou não, o que é bom ou mau, justo ou injusto, quem é digno de viver ou morrer de acordo com as próprias preferências". Bento XVI

Por vezes, sentimo-nos perplexos diante da realidade em que vivemos. Então rendemo-nos, como se fôssemos crianças pequenas necessitadas de colo, e Deus nos consola porque Ele é a luz que ilumina nosso coração, nos devolve a paz e a serenidade e nos abre novamente à vida.

Por isso, em nossos dias peçamos que Deus nos livre da falta de profundidade. Deus nos livre de ficarmos em cima do muro quando formos questionados sobre as razões de nossa fé. Deus nos livre de vivermos uma vida egoísta, alicerçados em nada além de nós mesmos. Deus nos livre de vivermos apenas para as coisas deste mundo.

Deus nos livre da incredulidade que endurece o coração e resseca a alma. Deus nos livre da falta de entusiasmo pela vida e por todas as suas criaturas. Deus nos livre da cegueira que não vê beleza em nada. Deus nos livre da insensibilidade diante dos que precisam de nós. Deus nos livre de sermos pessoas rudes, grosseiras, mesquinhas e prepotentes.

Deus nos livre da ganância e do poder. Deus nos livre da mentira que mata e destrói. Deus nos livre de vivermos acomodados ao pouco e ao medíocre. Deus nos livre das atitudes e pensamentos que condenam. Deus nos livre das palavras que machucam e do silêncio que mata.

Deus nos livre de vivermos uma vida dúbia e indefinida. Deus nos livre de vivermos entregues às nossas fragilidades. Deus nos livre do rancor que gera o ódio. Deus nos livre do orgulho que discrimina e exclui. Deus nos livre de não fazermos nada em prol do bem comum. Deus nos livre de não sermos fraternos, amigos e filhos leais.

Deus nos livre de não darmos ouvido à sua Palavra. Deus nos livre de não vivermos os seus mandamentos. Deus nos livre de não acreditarmos no seu amor por nós. Deus nos livre de não acreditarmos no céu.

Deus nos livre de todo mal!  


Ir. Deuceli Kwiatkowski

sábado, 27 de outubro de 2012

Amizade com a vida!

Todos os dias somos surpreendidos por inúmeras experiências que chegam a nós mescladas pelos mais diversos sentimentos.

Acordamos pela manhã e não sabemos o que a vida nos reserva para aquele dia. Em um momento compartilhamos a alegria transbordante de um jovem que acaba de ver o primeiro filho nascer, em outro, contemplamos o orgulho daquele que vê o filho dando os primeiros passos em direção à vida profissional e ainda, sentimos a dor de um pai que precisa aceitar com coragem e serenidade o sofrimento que bate à sua porta.

A vida nos pede alegria! A vida nos pede simplicidade! A vida nos pede coragem! A coragem daquele que entende que precisa enfrentar a vida em seus momentos próprios. Se a vida nos oferece momentos de alegria, aceitemos com gratidão. Se surgem os desafios, caminhemos buscando superá-los. Se a hora da dor chegar e não pudermos fazer mais nada, choremos a saudade daqueles que amamos, vivamos o luto.

Mas depois de tudo isso, deste tempo necessário de reconciliação com nosso coração, não nos esqueçamos de voltar a fazer novamente amizade com a vida para que a morte não nos sepulte também e já não encontremos mais razão para continuar a viver e a amar aqueles que ainda estão ao nosso lado e precisam de nosso amor.

A dor nos une a todos e ela chegará quando menos esperarmos. Mas ela não tem a última palavra porque para aquele que crê em Deus a morte não é o fim, mas é o começo de uma nova vida.

Um dia saberemos como será este momento. Ele é único e intransferível. Portanto, estar abandonado nas mãos de Deus é o melhor lugar para ficarmos!

Enquanto não chegar a hora de nosso sim final, vivamos serenamente nossos dias deixando de lado o zelo excessivo pelas coisas que foram feitas apenas para se usar e não para se amar. Mas não deixemos de lado as pessoas, não façamos de conta que elas não existem, mas digamos sim ao amor sincero, ao perdão, à paciência, à compreensão diária.

Sejamos amigos da vida! Tornemo-nos pessoas maduras na fé! Caminhemos à luz da palavra de Deus que nos inspira a viver bem nossos dias neste mundo. Vivamos intensamente a vida e encantemo-nos com o que ela nos oferece na simplicidade de um sorriso, no aperto de mão de um amigo, no olhar puro de uma criança que nos pergunta o porquê de tudo o que vê, na paz de um momento de contemplação, na alegria de ouvir uma palavra de atenção, nos gestos de cuidado de pessoas que nem conhecemos, mas que encontramos pela vida afora.

Que a correria da vida não nos faça esquecer que “a cada ser humano é confiada uma só tarefa: aprender a querer bem, a amar, sincera, autêntica e gratuitamente”. Bento XVI.

Escolhamos a melhor parte. Aquela que não passa!


Ir. Deuceli Kwiatkowski

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Flores falam por nós!

Comunicar-se é, sem dúvida, um grande dom. Gostamos de estar com as pessoas para conversar, trocar ideias, falar das nossas verdades, dos desafios enfrentados e das conquistas suadas, das novas possibilidades de trabalho e estudos, dos sonhos que se tornam possíveis ou daqueles que ficam apenas no desejo.  

As palavras fazem parte de nós, assim como o nosso jeito único de ser, de viver, de estar no mundo. Mas elas também têm seu limite próprio. Por vezes, ausentam-se e deixam-nos entregues a uma outra linguagem.

Basta um gesto de amor, de carinho, de atenção, de delicadeza, de cuidado para nos deixar  sem palavras. Elas, humildemente, calam-se e dão lugar ao silêncio, à emoção, aos sentimentos. Por um certo tempo, adormecem dentro de nós.

Na vida há situações em que o silêncio fala mais do que as palavras e os gestos transformam-se em lembranças inesquecíveis. Ficam na alma da gente porque é o coração quem fala.

Quando o coração é quem fala nem sempre precisamos de palavras. Podemos eleger algo que possa falar por nós. Podemos, por exemplo, deixar que as flores falem por nós. Elas têm o poder incrível de despertar sentimentos bons, de curar mágoas e de deixar o coração feliz. Elas são lindas! Seja na alegria ou na dor, elas sempre falam por nós!

Quem não gosta de receber flores? Uma rosa, ao menos? Ou uma pequenina flor colhida à beira do caminho? Não importa se é um ramalhete ou uma rosa apenas, importa é a expressão do amor revelado.

Flores embelezam a existência, deixam o mundo mais bonito, ficam bem em qualquer lugar. Nos belos jardins ou em nossas mãos, elas dizem o que as palavras não conseguem expressar e ainda deixam o perfume suave como dom maior de sua existência.

Não deixemos de manifestar nosso amor às pessoas que são importantes em nossa vida porque não sabemos dizer com palavras ou ficamos sem jeito. Elas precisam saber que nós as amamos! Nunca serão esquecidos os gestos que tocam a alma! Ofertemos flores e deixemos que elas nos revelem.

Não precisamos de grandes motivos para deixar que elas falem por nós. “Precisamos apenas da confissão sincera de um sentimento puro, gratuito e que não tem nome. Simplesmente, um carinho sem palavras, uma flor sem motivos”. Pe. Fábio de Melo

Amar não é complicado! Agradecer não é complicado! Viver será mais fácil se soubermos amar quem está perto de nós de um jeito tão simples e encantador!


Ir. Deuceli Kwiatkowski

sábado, 29 de setembro de 2012

Estamos nos esquecendo...

Vivemos num tempo em que temos ao nosso alcance um número ilimitado de possibilidades de conexão, de acessos rápidos e facilidades que tornam a vida mais ágil, agradável, menos difícil.

É um mundo incrível que se abre à nossa frente e nos proporciona tantas coisas que, até tão pouco tempo atrás, eram inimagináveis.

Certo é que vivemos uma verdadeira revolução de invenções, de ideias, de criações que, indiscutivelmente, nos trazem mais conforto e bem-estar. Isso tudo é bom, não se pode negar!

Porém, vivemos em um mundo em que corremos um grande risco: começamos a nos acostumar com as coisas, com as pessoas, com a vida. Perdemos o encanto! Tratamos tudo como se fosse normal e tornamo-nos indiferentes!

Acostumamo-nos a ouvir as notícias sobre as guerras e os mortos que ela produz. Acostumamos a ficar em nosso mundo, lamentando nossos problemas. Acostumamos a levantar correndo pela manhã porque estamos atrasados. Acostumamos a não dar atenção às pessoas porque estamos sempre ocupados. Acostumamos a fazer diariamente as mesmas coisas como se fosse um peso. Acostumamos a receber as pessoas sem verdadeiramente estarmos com elas.

Na verdade, estamos acostumados a coisas demais e nos tornamos insensíveis. Não percebemos o canto dos pássaros, não nos alegramos com as vozes das crianças, deixamos de ouvir o silêncio. Estamos nos esquecendo de simplesmente olhar para o sol, contemplar as estrelas, admirar as flores nos jardins e as folhas que caem. Estamos nos esquecendo de falar de coisas boas que alimentem a esperança. Estamos nos esquecendo de olhar para os olhos das pessoas e de gravar no coração a voz e os gestos de quem amamos porque, um dia, não as teremos mais. 

Estamos nos esquecendo que somos filhos de Deus, criados para o amor, para a fraternidade, para a solidariedade. Estamos nos esquecendo de ser humanos, de sentir, viver e amar. Estamos nos esquecendo de ser filhos leais, irmãos de verdade, amigos presentes. Estamos nos esquecendo que devemos ser construtores da paz, defensores da vida, amantes do bem. Estamos nos esquecendo que os valores humanos e cristãos são inegociáveis, custe o que custar.

Estamos nos esquecendo que a vida é única! Cada seu humano é único! Cada manhã de nossa vida é diferente! Observemos a dinâmica da vida e não nos acomodemos. Pode ser perigoso. Cultivemos a alegria de viver!

Ir. Deuceli Kwiatkowski





quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ambição do Amor!

“Jesus passou seus dias neste mundo levando o pão da verdade que alimenta a mente, o pão do amor que impulsiona o coração, o pão da Graça que salva e dá sentido à vida”.

Durante três anos os discípulos conviveram com o Mestre de Nazaré de quem ouviram as mais belas e fascinantes lições que mudariam para sempre suas vidas.

Incansavelmente Jesus dedicava-lhes seu tempo e falava-lhes com paciência, mansidão e simplicidade sobre coisas que jamais teriam pensado antes de conhecer aquele que ensinava com autoridade e amor.

Aqueles homens simples que não faziam nada de extraordinário não compreendiam tudo o que Jesus dizia e, às vezes, tinham medo de perguntar o que não sabiam.

Um dia, ao chegar em casa depois de uma longa jornada, Jesus chamou-os, sentou-se próximo a eles e lhes perguntou o que discutiam pelo caminho. Eles ficaram calados,  envergonhados porque discutiam quem seria o maior. Jesus ouviu-os e não ficou indignado com aqueles pobres homens que tão pouco sabiam da missão do Mestre. Ele ouviu muito mais os corações do que os lábios.

Sabeis o que pedis? E lhes ensinou o caminho da grandeza jamais imaginado por eles. “O Filho do homem veio para servir e não para ser servido. Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos” (Mc 9,35).

Sem dúvida, todos ficaram perplexos com a resposta de Jesus porque contrariava tudo aquilo que tinham em seus corações mesquinhos e desejosos de grandezas humanas. Certamente jamais  esqueceram aquele olhar e a firmeza daquelas palavras porque nunca ninguém ousou falar como Ele. A lógica proposta por Jesus é contrária à lógica do mundo: maior é aquele que serve, aquele que ama.

A verdade que a mente busca, a bondade que o coração pede, a beleza que a vontade deseja, a saúde que sustenta o corpo, a imortalidade que a alma carrega, foram sempre conteúdos ensinados e vivenciados pelo Mestre de Nazaré.

Jesus queria que seus discípulos fossem ambiciosos. Queria que se tornassem grandes e que fossem os primeiros. Mas ele lhes propôs uma ambição muito mais ousada que qualquer outra. Queria que, em seus corações, estivesse sempre presente a maior de todas as ambições, a ambição do Amor!

Um amor que não precisa encontrar motivos para perdoar porque entende que errar é humano; um amor que se sacrifica pelo outro até a renúncia da própria vida, do próprio tempo, dos próprios gostos e desejos; um amor que vai além das aparências porque entende que ali há um ser humano que precisa apenas ser amado, cuidado e respeitado; um amor que aceita estender as mãos para ajudar alguém a se levantar e pôr-se a caminho, sem condenar.

O amor e a força, a ternura e a firmeza, a humildade e o poder estavam em perfeito equilíbrio em Jesus. Aceitemos sua proposta e sejamos ambiciosos no amor que gera fraternidade, doação alegre, serviço gratuito, paz duradoura.

Ir. Deuceli Kwiatkowski

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Redescobrir a Palavra!

Os encontros com Jesus produzem sempre uma mudança qualitativa naqueles que são encontrados!                 Pe. Álvaro Barreiro

Milhões de pessoas pelo mundo afora e em todos os tempos já foram encontrados pelo olhar amoroso e misericordioso de um Deus que se fez um de nós porque quis nos encontrar também na forma humana e nos deixar seus gestos, seu amor, seus ensinamentos, suas palavras cheias de sabedoria e vida.

Quando fazemos o encontro verdadeiro com Deus, fazemos também o encontro com a sua Palavra! Uma palavra que é diferente de todas as outras. Ela permanece em nós e nos alimenta porque não é palavra humana, mas palavra que tem a força de nos mover interiormente e nos fazer ver coisas que normalmente não veríamos na vida comum.

Inegavelmente, a palavra de Deus é fonte de luz! É preciso tê-la nas mãos, mas ancorada no coração. Se estamos na dúvida, com medo, a palavra nos diz: “Tende confiança. Sou eu. Não tenhais medo” (Mt 14,27). Se estamos caídos no abismo do pecado e sem forças, ela nos inspira a gritar bem alto: “Senhor, salva-me!” (Mt 14,30) Se estamos morrendo de sede ou bebendo em cisternas de água parada, ela nos impele a dizer: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede!” (Jo 4,15). Se queremos um caminho seguro, o próprio Cristo diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida!” Se amamos a paz, a palavra nos diz: “Bem-aventurados os construtores da paz, porque serão chamados filhos de Deus”(Mt 5,9). Se queremos viver na vontade de Deus, a mãe nos ensina: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Se estamos cansados, com problemas, desanimados, Cristo fala ao coração: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e Eu vos aliviarei”(Mt 11,28).

Que outra palavra tem o poder de curar, de libertar, de acalentar, de transformar, de animar, de iluminar a nossa vida? Deixemos que a palavra de Deus invada o mais íntimo de nós para que, mesmo nos momentos mais difíceis da nossa vida, nas horas escuras e nas tempestades, nos momentos de solidão e de medo, seja possível ouvir o seu eco no fundo do nosso coração.

Assim fez Chiara Luce, amou a palavra! Ela nos diz:“Preciso redescobrir o Evangelho! Não posso e não quero permanecer analfabeta de uma mensagem extraordinária. Eu devo falar de Jesus com a minha vida. Já muito doente e debilitada, pouco tempo antes de morrer disse: Hoje não tenho mais nada, porém, ainda tenho um coração e com ele posso amar.

Que possamos, em cada dia, ler a palavra de Deus com novos olhos para que o coração não resseque e morra. Que ela seja para nós uma novidade contínua, uma fonte viva onde podemos beber água pura sempre que desejarmos. Não morramos de sede! A fonte está tão próxima de nós!

Somente corações sedentos da palavra de Deus e da sua justiça poderão encontrar os caminhos para saciar plenamente a fome de todos os homens.


Ir. Deuceli Kwiatkowski



sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Fé na palavra de Jesus!

Cada novo dia começava para Jesus com uma certeza: a Boa Nova precisava ser anunciada a todos os corações de boa vontade. 

Por isso, Jesus apressa-se e  coloca-se a caminho até o lago de Genesaré.

Certamente ele gostava de estar ali para observar a vida daqueles simples pescadores de peixes que não tinham nenhuma grande ambição, a não ser a de levar o sustento diário para suas famílias.

Mas aquele não seria um dia comum. Atraída pelo Mestre de Nazaré, uma multidão acorreu até ele (Lc 5,1-11). Eram homens e mulheres sedentos de uma palavra de esperança e de vida. Aos poucos, a multidão foi se comprimindo ao redor dele para ouvir a Palavra de Deus. Jesus, então, viu dois pequenos barcos e os pescadores que haviam desembarcado. Eles, certamente, cansados e desanimados depois de uma noite inteira de trabalho inútil, limpam as redes na beira do lago.

Jesus pediu a Simão, o pescador, para subir no seu barco para dali falar à multidão. Ele precisava de colaboradores para proclamar a Boa nova. Depois que acabou de falar, Jesus voltou-se para Simão e disse-lhe: “Vá até o mais profundo do lago e lance as redes”. Era necessário sair da margem e ir mar adentro.

As palavras de Jesus devem ter soado aos ouvidos daqueles pescadores experientes, conhecedores dos segredos do mar, como uma estupidez. Eles haviam trabalhado a noite inteira sem conseguir apanhar um só peixe e agora, em pleno dia, Jesus manda lançar as redes para a pesca.  Apesar de tudo, Simão e seus companheiros o reconhecem como Mestre e cumprem a ordem imediatamente: “Porque tu o mandas, lançarei as redes”.

Bela é a atitude de confiança e de obediência de Simão à palavra do Mestre. Ele acreditou mesmo quando tudo lhe parecia sem sentido e contrário aos seus longos anos de experiência. É a partir dessa atitude de obediência que se operam os grandes milagres, que se realiza o que aparentemente é impossível.

“Há coisas na vida em que só sei acreditar, mas ainda não sei entender”. Pe. Fábio de Melo

Da obediência e da fé de Simão à palavra de Jesus, acontece o milagre: as redes cheias de peixes estão a ponto de arrebentar, tal era a quantidade de peixes. Deus é abundante em seu amor! Todos ficam extasiados, mas o medo que toma conta deles não os cega, mas os ilumina para ver, para compreender e para reconhecer que a ação de Deus pode irromper a qualquer momento e no meio de qualquer atividade da vida dos homens.

A força da palavra de Deus, manifestada em Jesus, muda radicalmente a vida de Pedro e de seus companheiros e uma nova história começará. “...e deixando tudo, eles o seguiram”.

Ir. Deuceli Kwiatkowski