domingo, 15 de dezembro de 2013

A boa palavra


“Não saia de vossos lábios nenhuma palavra inconveniente, mas, na hora oportuna, a palavra boa para edificação, que comunique graça aos que a ouvirem. E não entristeçais o Espírito Santo, pelo qual fostes selados para o dia da redenção. Toda amargura e exaltação e cólera, e toda palavra pesada e injuriosa, assim como toda malícia, sejam afastadas de entre vós. Sede bondosos e compassivos uns com os outros, perdoando-vos mutuamente, como Deus em Cristo vos perdoou” Ef 4,29-32

Sábios conselhos de Paulo que deveríamos trazer gravados no coração e na mente para que de nossos lábios saiam somente palavras edificantes, cheias de ânimo e de esperança, de força e coragem, de fé e de amor e não palavras que magoam e destroem o ser humano porque ferem na alma. A mágoa vem da palavra, do que as pessoas pensam ou dizem de nós, dos julgamentos precipitados, da desinformação dos fatos, das calúnias mentirosas.
Quantos de nós não estamos ávidos para difamar alguém, para saber da vida alheia, para semear discórdia e fofocas que destroem amizades, maculam fraternidades, põe fim em relacionamentos de anos? Quantos de nós não nos transformamos em semeadores da mentira a serviço do mal que divide e mata?
“Para que haja paz em nossa família, em nossa comunidade, em nossa cidade, em nosso país e no mundo, devemos começar por estar com o Senhor. Onde está o Senhor, não há inveja, não há criminalidade, não há ódio, não há ciúmes. Existe fraternidade. Quem fala mal do irmão, o mata. E nós, todas às vezes que o fazemos, imitamos aquele gesto de Caim, o primeiro homicida da história”. Diz Papa Francisco
É inevitável que existam divergências e mal-entendidos, até mesmo conflitos, mas é essencial que, no caminhar da própria existência, nos esforcemos para procurar juntos a verdade objetiva, na estima, no respeito recíprocos, a fim de que aconteça a reconciliação e cresçam o amor, a paz e a concórdia nos corações.
Somos diferentes e cada um tem o direito de ser respeitado nas suas escolhas, no seu tempo, no seu esforço. “Basta de fofocas!” nos diz Papa Francisco. O alimento de um cristão não pode ser jamais a fofoca, a crítica destrutiva, a calúnia, mas a Palavra de Deus que orienta a vida e  faz viver como Jesus pelas estradas deste mundo. “Por que reparas na palha que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu?” Mt 7,1-5
Que a boa palavra, falar bem um do outro, seja o nosso compromisso concreto e diário se queremos, de fato, ser chamados de cristãos. Isso fará bem a todos e será um belo testemunho do nosso amor por Cristo!

Ir. Deuceli Kwiatkowski

domingo, 1 de dezembro de 2013

Nasceu-nos um Menino - o Emanuel - Deus conosco!

No final de cada ano temos a sensação de que os dias estão passando mais rapidamente e quando nos damos conta levamos um susto porque já é Natal! Ele chega com todo seu encanto, ternura, beleza, mas, aos poucos, somos invadidos pela loucura das ofertas e pela correria dos presentes e nossa atenção desvia-se do essencial.

Infelizmente, para muitos, Natal é sinônimo somente de dar e receber presentes. Um consumismo desenfreado que longe de representar verdadeiramente o significado mais profundo desta data, leva as pessoas a uma vida vazia e de aparências. Tudo acaba depois da troca de presentes e da ceia de Natal. As pessoas se despedem com palavras convencionais, vão para suas casas e os dias continuam da mesma forma, sem luz, sem brilho, sem alegria, sem a troca de amor, de atenção, de respeito... sem Deus.

Constata-se então que damos tantos presentes e não somos um presente na vida do outro que vive tão perto de nós, em nossa casa, em nosso trabalho. E aí perguntamo-nos: viver assim vale a pena? Fazer-se esta pergunta é fundamental para voltarmos o nosso olhar e nossa vida para o verdadeiro sentido do Natal cristão.

Muitos comemoram a festa natalina e nem sabem que Natal significa nascimento: o dia do nascimento de alguém. Fazem festa para si mesmos, com muita comida e bebida e nem sabem quem é o aniversariante. É lamentável!  Se cada um de nós tem o dia de seu natal, como poderia Jesus não ter o dele?

“E o verbo se fez carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigênito, cheio de graça e de verdade”. (Jo 1,14)

Para nós que acreditamos, que temos fé na palavra revelada através dos séculos, celebrar o Natal é festejar o encontro de Deus com o homem! Haverá dom maior que ter um Deus vivendo conosco a nossa vida humana?

Natal é a festa com a qual se celebra não um acontecimento passado que ocorreu há mais de 2000 mil anos atrás e acabou, mas algo presente que é ao mesmo tempo começo de um futuro eterno que vem se aproximando. É a festa do nascimento da eterna juventude! Nasceu-nos um menino, mas não é um menino que começa a morrer no momento em que começa a viver. É o menino que traz consigo definitivamente a eterna vida... a eterna juventude!

Na manjedoura, Jesus Menino, o Filho de Deus, luz do mundo que brilha para todos, realidade amorosa de salvação. Reunidos em torno dele, celebrando sua presença, os homens e as mulheres retomam sua trajetória, se alegram, festejam, se arrependem, perdoam, sonham, planejam; preparam novos passos para a jornada da vida.

Que, neste Natal, os corações se tornem manjedouras onde Jesus possa renascer a cada dia e o Amor seja o grande presente de todos para todos!




Ir. Deuceli  Kwiatkowski

domingo, 24 de novembro de 2013

Com o Espírito Santo somos novas criaturas!

Certa vez, o Patriarca de Constantinopla, Atenágoras I, disse:

“Sem o Espírito Santo: Deus fica distante da gente; Cristo, perdido na história; o Evangelho é letra morta; a Igreja, apenas agremiação religiosa; a autoridade, poder que se evita; a pregação, propaganda da Igreja; o oração, tarefa a cumprir; a Liturgia, ritual do passado; e a Moral, repressão.

Com o Espírito Santo: Deus entra na vida do mundo, onde inicia o seu Reino; Cristo, o Filho de Deus, se faz um de nós; o Evangelho é o novo estilo de vida; a Igreja, gente unida como as três Pessoas da Santíssima Trindade; a Autoridade, apoio e serviço; a pregação, anúncio da novidade do Reino; a oração, experiência de contato com Deus; a liturgia, memorial que antecipa o futuro; e a Moral, ação que liberta”.


Inquestionavelmente, estas palavras nos fazem pensar realmente sobre a ação do Espírito de Deus na nossa vida. Se não formos movidos pelo Espírito de Deus a vida se torna um peso. Nossas ideias, reflexões, pensamentos ficam pequenos demais, sem horizonte, sem profundidade, sem luz. Tudo pode se tornar apenas ação humana, fruto do acaso, meras coincidências; nada vai além das aparências, dos interesses pessoais ou de um grupo apenas.

Mas quando Deus entra na nossa vida tudo se transforma. O coração dilata, o olhar vê além das aparências, os braços alcançam a muitos, os pés se alargam, a vida se abre para todos; quando Deus entra na nossa vida a esperança nos mantém em pé mesmo nas dificuldades e nos sofrimentos inevitáveis da vida; quando Deus entra na nossa vida percebemos que tudo vale a pena ser realizado por amor, compaixão, misericórdia e que nada ficará em vão diante do Senhor; quando Deus entra na nossa vida as pessoas se tornam irmãos e irmãs, peregrinos na mesma jornada; quando Deus entra na nossa vida fugimos do pecado para que não nos torne escravos e nos dê como salário a morte; quando Deus entra na nossa vida nos tornamos mais humanos porque partimos sempre da nossa realidade e aprendemos a ser misericordiosos também.

Quando Deus entra na nossa vida a vida adquire novo sabor, os olhos veem mais, as palavras são mais verdadeiras, os gestos mais fraternos e solidários, o coração torna-se mais puro, as dificuldades não nos tiram a alegria, as carências são superadas.

Assim diz o papa emérito Bento XVI: “A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer ao mundo um testemunho que é capaz de gerar: de fato, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos”.

Que não nos falte a fé, a esperança e o amor, sobretudo, em nossos dias em que o materialismo impera em milhões de corações que vivem distantes daquele que os criou. Peçamos ao Senhor que dá sentido à nossa existência que redescubramos sempre de novo a alegria de crer e de comunicar a fé. Santo Agostinho atesta: “Os que creem fortificam-se acreditando!” Sigamos em frente, com coragem e fé!

Ir. Deuceli Kwiatkowski


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Uma chance ao amor de Deus

Nós nos transformamos naquilo que escolhemos isto é certo. Somos fruto de nossas escolhas, de nossas decisões, de nossas imaturidades, de nossas vontades. Certas ou erradas, o tempo dirá, o coração reclamará, as cicatrizes aparecerão, os que estão perto de nós sentirão.

No dia a dia damos chance a tantas coisas que nos trazem sensações, momentos de satisfação ou felicidade. Chances que, em algum momento da vida, custam um alto preço porque abrem portas à dor da solidão, ao sofrimento profundo e angustiante, a uma vida miserável capaz de tirar toda esperança e alegria do coração e causar até a perda total de sentido da vida.

Damos chance à bebida, às drogas, à intolerância, à impaciência, às mágoas, aos julgamentos precipitados, ao rancor, à falta de perdão e tantos outros sentimentos e atitudes que deixam marcas profundas em nossos relacionamentos com as pessoas que estão tão próximas a nós. Chances que criam divisões e brigas intermináveis, mágoas que provocam abismos, feridas que não cicatrizam mais e infelicidade, muita infelicidade.

Fomos criados para a felicidade e damos tantas chances ao pecado que, pouco a pouco, nos destrói e atinge também aqueles que mais nos amam. Por que buscamos caminhos que destroem famílias inteiras, deixam jovens mendigando pelas ruas e crianças abandonadas pelas nossas cidades?

Por que não desejamos a vida verdadeira e damos chance ao amor fraterno e solidário, ao perdão que cura as feridas, à paz que é fruto da justiça? Por que não damos chance para que Deus entre na nossa vida, ilumine-a e nos faça optar pelo bem? Por que não damos chance ao perdão que liberta, traz serenidade e cura? Por que não damos chance à partilha que nos torna solidários e generosos? Por que não damos chance à oração diária que dilata o coração e abre a inteligência para o mundo? Por que não damos chance a Deus de realizar grandes coisas em nossa vida e nos fazer felizes?

Pensemos nisso! Assim dizia uma antiga canção “Pecar é não ter vida, pecar é não ter luz...” Não vivamos na escuridão, mas busquemos a luz enquanto nossos dias passam.

Ir. Deuceli Kwiatkowski


domingo, 27 de outubro de 2013

Convite de Deus

A vida é uma experiência única para cada ser humano. Cheia de surpresas e contratempos, alegrias inexplicáveis e tristezas doídas. Assim vivemos.

Finais de semana sempre cheios de convites para festas, passeios, encontros, visitas etc. Sempre há algo para fazer e mal acabamos de estar em um evento, já estamos pensando no próximo e nos outros que estão por vir e que poderão ser ainda melhores.

Vivemos de esperas, de acontecimentos, de expectativas tantas vezes frustradas e não realizadas, tantas vezes mal combinadas e desencontradas. Assim nossos dias vão passando e  não nos damos conta de que há um convite diário para cada um de nós. Um convite que nos chama para sermos participantes ativos de um mundo que espera algo maior de cada um de nós.

Deus nos convida dia a dia, a fazermos parte de seu projeto de vida, de vida eterna e feliz. Não é um projeto qualquer, mas é o projeto do próprio Deus que quer dar significado profundo à nossa existência para que possamos encontrar vida verdadeira. Para isto Ele nos criou! Para que, conectados pelos laços do seu Espírito, possamos formar neste mundo a verdadeira civilização do amor, do perdão, da tolerância, da humildade, apesar de todas as nossas diferenças e limitações.

As lutas diárias necessárias para a construção de uma sociedade mais humana deve nos impulsionar para a unidade. Mas, o pecado, muitas vezes, torna difícil a convivência fraterna e, cedendo aos seus apelos, deixamos prevalecer em nosso meio o orgulho, a vaidade, o egoísmo e passamos a pensar só em nós mesmos, em nossa felicidade. Acabamos querendo o que todo mundo quer e acabamos iguais a todo mundo.

São Paulo, então, nos desafia: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito” Rm 12, 2.

Não nos conformar é não nos submetermos à mesma forma do mundo, ao padrão midiático de felicidade, mas, aceitarmos o convite de Deus e o dom de seu Espírito, transformando nosso modo de pensar, julgar e agir, começando em nós a transformação do meio em que vivemos.

Pensemos nestas palavras: "Quando descobrimos que absolutamente nada é definitivo, inclusive a vida, compreendemos a inutilidade do orgulho, a tolice das disputas, a estupidez da ganância, a mesquinhez da arrogância e a incoerência das tolas magoas".

Portanto, identificados com o Mestre, esforcemo-nos para sermos instrumentos da paz no anúncio do evangelho que é Cristo Jesus, deixando que Ele alcance diariamente os nossos corações para que outros corações imergidos na escuridão da miséria humana possam ser ressuscitados pela força que esta Boa Nova tem.

Não deixemos de atender a este convite, ele pode ser a nossa salvação!

Ir. Deuceli kwiatkowski

domingo, 22 de setembro de 2013

O amor é exigente!

Amar é um sentimento tão nobre que nos encanta, deixa nosso coração feliz, alimenta nossos dias de esperança, nos faz tão humanos. 

Quem não deseja ser amado por alguém? Quem não deseja ter no coração a doce certeza de que alguém o ama de verdade?  Quem não deseja ser lembrado por alguém quando está distante? 

Às vezes, bastam apenas umas duas ou três palavras e parece que tudo se enche de luz porque “alguém pensou em mim. Alguém me ama como filho, como irmão, como amigo."

Mas o amor verdadeiro é exigente. Ele vai além, muito além das palavras. O amor verdadeiro não é egoísta, não quer tudo para si, mas sabe renunciar em favor do outro; não é invejoso, mas alegra-se com a felicidade e com as vitórias do outro; não é orgulhoso porque sabe amar na simplicidade e na humildade; não é arrogante porque compreende que não sabe tudo e precisa deixar-se ajudar.

O amor exigente é paciente, é compassivo, é tolerante, é sincero, é verdadeiro, é humilde. Sabe quando deve falar e quando deve calar deixando apenas falar o amor! O amor verdadeiro é exigente porque nos faz sair de nós mesmos para ir ao encontro do outro, e nem sempre é fácil viver assim. Nosso coração mesquinho e egoísta reclama atenção e amor e não quer saber de amar. Por isso, sejamos firmes em querer o bem e em combater o mal.

Em nossas famílias e com nossos amigos, aqueles que ficam de verdade, depois que você sacode a árvore, contribuem muito para que sejamos felizes. Eles nos ajudam a fazer a bela experiência da fraternidade: somos amados e aprendemos a amar; somos perdoados e aprendemos a perdoar; somos compreendidos em nossas fraquezas e aprendemos a compreender; não somos julgados pelas nossas falhas e aprendemos a não julgar.

Inegavelmente aprendemos não somente por palavras, mas com atitudes concretas de entrega, confiança, proximidade, presença, espera positiva.

Bom seria se compreendêssemos de fato que quem ama é feliz! Feliz aquele que vai além da superficialidade de um amor apenas de troca, interesses ou egoísmos  Feliz aquele que compreende que quanto mais faz o outro sentir-se feliz, mais feliz se torna.

Vivendo assim, o ser humano cumpre sua verdadeira missão de ser pessoa neste mundo conforme Cristo ensinou: mais perto de Deus, mais perto dos irmãos! Não há outro caminho, trilhemos por este... é seguro!

Ir. Deuceli Kwiatkowski




quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Ser chique sempre!

Há poucos dias estava lendo algumas coisas e passei os olhos nesse título que me chamou muito a atenção. Li e reli esse belo texto de Glória Kalil e concordei com tudo o que ela escreveu. Vivemos num mundo tão impressionante e encantador pelas descobertas, realizações, invenções, mas, ao mesmo tempo, estamos tão pouco “chiques” em nossas relações, em nosso jeito de ser, de falar, de viver.

Bom seria se fôssemos “chiques” por inteiro! O mundo seria mais bonito e a vida mais “chique” sempre!
Boa leitura!


“Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.  A verdade é que ninguém é chique por decreto e algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda... elegância é uma delas!

Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar a atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta. É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar-se do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais: nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É "desligar o radar", o telefone, quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é  não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do Chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico ... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria , incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade.

Mas, para ser Chique, Chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: o diabo parece Chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, Chique mesmo é Crer em DEUS!
Investir em conhecimento pode nos tornar sábios ... mas, Amor e Fé nos tornam humanos!”

Ir. Deuceli Kwiatkowski



domingo, 8 de setembro de 2013

A Palavra de Deus – luz para minha vida!

Vivemos nossos dias, tantas vezes, preocupados com muitas coisas e, quase sempre, preocupados com coisas inúteis e de pouco valor. Corremos atrás de fama, riqueza e poder, atropelamo-nos em busca da beleza, da boa forma, da aparência exterior e tudo para que sejamos vistos pelos outros porque assim exige o mundo que pouco valoriza o ser.

Estar acima das coisas materiais e de um mundo de aparências é um grande desafio para aqueles que escolhem viver mais em profundidade a própria vida. Escolhem ser! Ser presença de simplicidade e de amor, ser presença de esperança e de solidariedade, ser presença de tolerância e de perdão, ser presença de alguém que crê! De alguém que crê em algo maior e, por isso, descobre um jeito diferente de viver e de estar no mundo. Descobre que existe uma fonte inesgotável que alimenta a própria fé e que sacia o coração para que possa amar na gratuidade de um amor que não é egoísta e mesquinho, mas que vai ao encontro do outro, sai de si para servir.

Esta fonte existe e está acessível a todos. Pobres, ricos, jovens, crianças ou adultos, todos podem beber nesta fonte. Para aquele que crê, a Bíblia é a Palavra de Deus! A Bíblia é a Palavra de Deus para o povo escolhido, para todos os que viveram antes de nós e, hoje, para mim, para você. Nesta palavra que é viva encontramos Cristo. “Só quando encontramos com o Deus vivo aprendemos o que é a vida. Não há nada mais belo que ser encontrado pelo Evangelho, por Cristo”, diz Bento XVI.

Nesta vida, todos são chamados a realizar algo que ninguém pode realizar em nosso lugar porque este espaço é meu, é seu, é de cada um. Deus espera que nós entendamos seus desejos de felicidade para nós e que nós compreendamos que viver é uma experiência única e intransferível que depende somente de cada um.

Se não sabemos por onde andar, se nos perdemos nas encruzilhadas da vida, se estamos desiludidos com as pessoas e com nosso próprio jeito de viver, de ser e de agir, tenhamos, ao menos, a humildade de pedir um conselho a Jesus. Francisco de Assis, nosso querido santo da paz e da humildade, descobriu uma verdade que mudou sua vida e nos comunicou assim: “Ler a Sagrada Escritura significa pedir um conselho a Cristo”. Não percamos a oportunidade de conversarmos, em cada dia, com um amigo tão ilustre.

Certamente Ele nos dará suas palavras porque Ele é o caminho que conduz à vida! Ele nos iluminará com suas palavras porque Ele é a verdade que liberta! Ele nos saciará com suas palavras porque Ele é a vida verdadeira que enche nosso coração de paz e nossos dias de serenidade e alegria. E esta alegria ninguém poderá tirar de nós porque vem do próprio Deus.

Bento XVI nos ensina que “A Sagrada Escritura não é algo que pertence ao passado. O Senhor não fala no passado, mas no presente; Ele fala conosco hoje, dá-nos a Luz, mostra-nos o caminho da Vida, concede-nos a comunhão, e, assim, prepara-nos e abre-nos para a Paz”.

Se temos uma fonte maravilhosa de vida, que é o próprio Deus, por que ainda hoje muitos buscam saciar a própria sede de eternidade em cisternas de águas paradas? Esta pergunta deve nos inquietar e nos mover a ir ao encontro de nossos irmãos. Talvez muitos não a tenham encontrado ainda porque ninguém lhes mostrou o caminho que conduz a Cristo, fonte viva que jorra água em abundância.

Nosso Papa Francisco, atento aos sinais dos tempos e atento à urgência de uma nova evangelização, lança um grande desafio a todos nós: “Vamos ao encontro das pessoas!”

Acolhamos este sério apelo e nos coloquemos em movimento porque muitos podem morrer de sede por nossa culpa. Vamos! Saiamos para a rua! Lembremos... Desconhecer a Palavra de Deus é desconhecer o próprio Cristo”, diz São Jerônimo.


Ir. Deuceli  Kwiatkowski




sábado, 24 de agosto de 2013

Em Aparecida, Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe!

Ele deixou muitas saudades quando partiu! Agora temos a riqueza de seus discursos para torná-lo bem presente ao nosso coração, já que este é o portal pelo qual nós o acolhemos em cada momento em que esteve em terras brasileiras e pelo qual ele mesmo ingressou.

Aqui está, parte do Discurso do Papa Francisco feito ao Episcopado Brasileiro no dia 27 de julho de 2013. Na riqueza de suas palavras e reflexões, a beleza do mistério de Deus em Nossa Senhora Aparecida. 
Como ele bem disse: “... não esqueçam a lição de Aparecida!”

Não queremos esquecer jamais que Deus veio nos visitar em Aparecida! Temos uma Mãe que abençoa nosso imenso Brasil e, por isso, nós a amamos com coração filial!

Diz ele: “Em Aparecida, Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe! Mas, em Aparecida, Deus deu também uma lição sobre Si mesmo, sobre o seu modo de ser e agir. Uma lição sobre a humildade que pertence a Deus como traço essencial e que está no DNA de Deus. Há algo de perene para aprender sobre Deus e sobre a Igreja, em Aparecida; um ensinamento, que nem a Igreja no Brasil nem o próprio Brasil devem esquecer.

No início do evento que é Aparecida, está a busca dos pescadores pobres. Tanta fome e poucos recursos. As pessoas sempre precisam de pão. Os homens partem sempre das suas carências, mesmo hoje. Possuem um barco frágil, inadequado; têm redes decadentes, talvez mesmo danificadas, insuficientes. Primeiro, há a labuta, talvez o cansaço, pela pesca, mas o resultado é escasso: um falimento, um insucesso. Apesar dos esforços, as redes estão vazias.

Depois, quando foi da vontade de Deus, comparece Ele mesmo no seu Mistério. As águas são profundas e, todavia, encerram sempre a possibilidade de Deus; e Ele chegou de surpresa, quem sabe quando já não o esperávamos. A paciência dos que esperam por Ele é sempre posta à prova. E Deus chegou de uma maneira nova, porque Deus é surpresa: uma imagem de barro frágil, escurecida pelas águas do rio, envelhecida também pelo tempo. Deus entra sempre nas vestes da pequenez.

Veem então a imagem da Imaculada Conceição. Primeiro o corpo, depois a cabeça, em seguida a unificação de corpo e cabeça: a unidade. Aquilo que estava quebrado retoma a unidade. O Brasil colonial estava dividido pelo muro vergonhoso da escravatura. Nossa Senhora Aparecida se apresenta com a face negra, primeiro dividida, mas depois unida, nas mãos dos pescadores.

Há aqui um ensinamento que Deus quer nos oferecer. Sua beleza refletida na Mãe, concebida sem pecado original, emerge da obscuridade do rio. Em Aparecida, logo desde o início, Deus dá uma mensagem de recomposição do que está fraturado, de compactação do que está dividido. Muros, abismos, distâncias ainda hoje existentes estão destinados a desaparecer. A Igreja não pode descurar esta lição: ser instrumento de reconciliação.

Os pescadores não desprezam o mistério encontrado no rio, embora seja um mistério que aparece incompleto. Não jogam fora os pedaços do mistério. Esperam a plenitude. E esta não demora a chegar. Há aqui algo de sabedoria que devemos aprender. Há pedaços de um mistério, como partes de um mosaico, que vamos encontrando. Nós queremos ver muito rápido a totalidade; Deus, pelo contrário, Se faz ver pouco a pouco. Também a Igreja deve aprender esta expectativa.

Depois, os pescadores trazem para casa o mistério. O povo simples tem sempre espaço para albergar o mistério. Talvez nós tenhamos reduzido a nossa exposição do mistério a uma explicação racional; no povo, pelo contrário, o mistério entra pelo coração. Na casa dos pobres, Deus encontra sempre lugar.

Os pescadores agasalham: revestem o mistério da Virgem pescada, como se Ela tivesse frio e precisasse ser aquecida. Deus pede para ficar abrigado na parte mais quente de nós mesmos: o coração. Depois é Deus que irradia o calor de que precisamos, mas primeiro entra com o subterfúgio de quem mendiga. Os pescadores cobrem o mistério da Virgem com o manto pobre da sua fé. Chamam os vizinhos para verem a beleza encontrada; eles se reúnem à volta dela; contam as suas penas em sua presença e lhe confiam as suas causas. Permitem assim que possam implementar-se as intenções de Deus: uma graça, depois a outra; uma graça que abre para outra; uma graça que prepara outra. Gradualmente Deus vai desdobrando a humildade misteriosa de sua força.

Há muito para aprender nessa atitude dos pescadores. Uma Igreja que dá espaço ao mistério de Deus; uma Igreja que alberga de tal modo em si mesma esse mistério, que ele possa encantar as pessoas, atraí-las. Somente a beleza de Deus pode atrair. O caminho de Deus é o encanto que atrai. Deus faz-se levar para casa. Ele desperta no homem o desejo de guardá-lo em sua própria vida, na própria casa, em seu coração. Ele desperta em nós o desejo de chamar os vizinhos, para dar-lhes a conhecer a sua beleza. A missão nasce precisamente dessa fascinação divina, dessa maravilha do encontro. Falamos de missão, de Igreja missionária. Penso nos pescadores que chamam seus vizinhos para verem o mistério da Virgem. Sem a simplicidade do seu comportamento, a nossa missão está fadada ao fracasso.

A Igreja tem sempre a necessidade urgente de não desaprender a lição de Aparecida; não a pode esquecer. As redes da Igreja são frágeis, talvez remendadas; a barca da Igreja não tem a força dos grandes transatlânticos que cruzam os oceanos. E, contudo, Deus quer se manifestar justamente através dos nossos meios, meios pobres, porque é sempre Ele que está agindo.

Queridos irmãos, o resultado do trabalho pastoral não assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade do amor. Fazem falta certamente a tenacidade, a fadiga, o trabalho, o planejamento, a organização, mas, antes de tudo, você deve saber que a força da Igreja não reside nela própria, mas se esconde nas águas profundas de Deus, nas quais ela é chamada a lançar as redes.

Outra lição que a Igreja deve sempre lembrar é que não pode afastar-se da simplicidade; caso contrário, desaprende a linguagem do Mistério. E não só ela fica fora da porta do Mistério, mas, obviamente, não consegue entrar naqueles que pretendem da Igreja aquilo que não podem dar-se por si mesmos: Deus. Às vezes, perdemos aqueles que não nos entendem, porque desaprendemos a simplicidade, inclusive importando de fora uma racionalidade alheia ao nosso povo. Sem a gramática da simplicidade, a Igreja se priva das condições que tornam possível «pescar» Deus nas águas profundas do seu Mistério”.

Deus seja louvado e amado por todos nós!

Ir. Deuceli Kwiatkowski



sábado, 10 de agosto de 2013

“Você está imitando Jesus!”

Quando a dor bate à nossa porta ou à porta de alguém que conhecemos ficamos sem palavras, tristes e, quase sempre, nos perguntamos: Por quê? Por que esta pessoa? Por que justo agora no auge da sua vida? Por que neste momento da vida com tantos projetos e sonhos a realizar? Por que agora quando tudo está caminhando bem? Por quê? Por quê? Por quê? Quantos por quês sem respostas!

A realidade da vida é dura, sofrida e exige de nós muita coragem, fé e perseverança. Olhar para ela e aceitá-la não é fácil; por vezes, queremos negá-la para não sofrermos e assim fugirmos da dor. Triste constatar, mas basta um diagnóstico inesperado e a vida pode mudar em segundos. Parece que tudo vira de cabeça pra baixo e já não conseguimos mais enxergar nada; é como se, a partir daquele momento, tudo começasse a morrer dentro de nós.

Há poucos dias ganhei, de uma grande amiga, um belo livro Conversas com Jorge Bergoglio, Papa Francisco, de Sergio Rubin e Francesca Ambrogetti. Fiquei surpresa porque no capítulo 3, ele fala exatamente do sentido cristão que devemos dar à dor quando ela chegar.

Ele parte da sua própria experiência de sofrimento. Ainda muito jovem, aos 21 anos, Jorge esteve entre a vida e a morte. Febres altíssimas que não o deixaram por três dias seguidos. Parecia o fim. Ele recorda no seu livro que, entre tantas palavras de conforto ouvidas nos dias em que esteve sob os cuidados médicos, uma lhe tocou profundamente o coração. Uma Religiosa entrou no seu quarto e disse-lhe: “Você está imitando Jesus”. Estas palavras trouxeram luz à sua dor e deixaram-lhe a paz que tanto precisava. Ali estava o segredo... “como Jesus”. Só assim poderia suportar as dores terríveis que estava sentindo. Precisava dar um significado ao que estava vivendo e o significado maior era aceitar a dor “por amor”.

Depois de tantos anos, desta inesquecível experiência, Papa Francisco diz: “A dor não é uma virtude em si mesma, mas pode ser virtuoso o modo como é assumida. Nossa vocação é a plenitude e a felicidade, e, nessa busca, a dor é um limite. Por isso, entendemos em plenitude o sentido da dor por meio da dor de Deus feito Cristo”.

O que aconteceria se Deus não se houvesse feito Cristo, ou seja, se Deus não houvesse vindo ao mundo dar sentido ao nosso caminho? À nossa existência? À nossa dor?

“Por isso, o segredo passa por entender a cruz como semente de ressurreição. Toda tentativa de superar a dor dará resultados parciais se não for fundamentada na transcendência. É um presente entender e viver a dor em plenitude. Mais ainda: viver em plenitude é um presente”, afirma Papa Francisco.

Diante de uma vida que se apaga como consequência de uma doença cruel, como agir? Que atitude tomar?

Mais uma vez, nosso Papa nos surpreende pela sua humildade e humanidade, homem de coração grande e misericordioso, homem de fé e de paz. Quando questionado a responder esta pergunta, ele diz: “Emudeço. A única coisa que me ocorre é ficar calado, e, segundo a intimidade que tiver, pegar a mão da pessoa e rezar por ela porque tanto a dor física quanto a espiritual puxam para dentro, onde ninguém pode entrar; implicam uma dose de solidão. O que as pessoas necessitam é saber que alguém as acompanha, que as ama, que respeitam seu silêncio e rezam para que Deus entre nesse espaço que é pura solidão.”

As palavras do Papa Francisco me trouxeram luz. Benditas páginas escritas no tempo e na história e agora no coração para que nunca as esqueça porque sei que um dia precisarei tê-las bem vivas na mente e no coração: “Como Jesus...”

Ir. Deuceli Kwiatkowski





domingo, 4 de agosto de 2013

JMJ Rio / 2013 - O coração do mundo

JMJ – Rio de Janeiro - Uma experiência incrível na minha vida e na vida de milhões de jovens vindos de mais de 170 nações ao redor do mundo. Foram dias de muita emoção, entusiasmo, fraternidade, ensinamentos, orações, cantos, danças e tanta festa e alegria.

Jovens do mundo inteiro falavam a linguagem do amor, do sorriso, da simplicidade, da fraternidade, da paz. Jovens do mundo todo caminhavam com passos seguros e firmes em busca do aconchego, do olhar e do sorriso do pastor. Jovens do mundo todo olhavam com olhos de esperança, de fé, de amor os novos tempos.

Jovens do mundo todo ouviam atentos as palavras do Pastor que falava com o toque da humildade e da simplicidade e chegava fácil aos corações. Jovens do mundo todo cantavam a esperança e o amor a Cristo pelas ruas e praças, nos túneis e nas areias da Praia de Copacabana. Jovens do mundo todo rezavam o terço, com fé e devoção, nos ônibus, nos metrôs e testemunhavam o amor a Nossa Senhora, Mãe de Jesus Cristo.

Jovens do mundo todo esperavam tranquilamente nas filas, sem pressa, sem atropelos, em paz. Jovens do mundo todo se abraçavam e festejavam na alegria a bela experiência da fraternidade. Jovens do mundo todo se ajoelharam na Praia de Copacabana adorando o Senhor no mais profundo silêncio. Jovens do mundo todo partilhavam o que tinham para comer e acolhiam-se como irmãos.

Jovens do mundo todo invadiram a cidade do Rio de Janeiro, acolhidos por este povo maravilhoso. Jovens do mundo inteiro viveram a experiência inesquecível de participar de uma jornada onde Cristo era o centro de tudo. Jovens do mundo inteiro vibraram com os cantores católicos, com os Bispos dançantes, com os inúmeros sacerdotes e religiosas.

Jovens do mundo inteiro emocionaram-se com a beleza das celebrações litúrgicas nos atos públicos. Jovens do mundo inteiro participaram das catequeses com profundo respeito, desejosos de conhecer mais a própria fé. Jovens do mundo todo registraram cada momento para torná-los inesquecíveis aos olhos.

Jovens do mundo inteiro trocavam bandeiras, broches e presentes para levar um pouco daqueles com quem partilharam juntos a mesma fé. Jovens do mundo inteiro unidos ao redor do Pastor e Pai espiritual com o coração cheio de esperança, buscando respostas para seus vazios e questionamentos diante da própria existência.  Jovens do mundo inteiro vivendo dias de convivência saudável, sem bebidas, drogas e brigas.

Jovens do mundo inteiro em busca de Cristo, único capaz de preencher o coração humano. Jovens do mundo inteiro testemunhando a fé em Cristo, filho do Deus encarnado. Jovens do mundo inteiro animados pela esperança, iluminados pela fé, encorajados pelo amor de Cristo.

JMJ – Rio/2013 - O coração do mundo batia forte ali! Milhões de corações em sintonia com o coração do Cristo Redentor.  JMJ - Tempo feliz! Tempo de esperança! Tempo de agradecer a Deus pela Igreja Católica Apostólica Romana.

A JMJ agora continua em você, em mim, em cada coração que ama a Cristo e quer torná-lo mais amado e conhecido. Todos fomos enviados pelo Santo Papa em missão: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. Mt 28,19 O tempo é agora! É tempo de semear! Cristo caminha conosco e jamais  nos deixará faltar seu auxílio e proteção. 


Ir. Deuceli Kwiatkowski

domingo, 14 de julho de 2013

Santa Marcelina – grande educadora de santos!

Uma jovem bela, rica, inteligente e nobre. 


Marcelina nasceu em Roma há mais de 1.600 anos, no ano de 327dC. Seu pai era prefeito romano e, ao ser eleito governador das Gálias, em Treviri (França), foi transferido para lá por alguns anos com sua esposa e seus dois filhos Marcelina e Sátiro.

Durante sua administração destacou-se por ser um homem de coração bom, piedoso e justo. Marcelina sentia-se feliz por ter nascido numa família cristã que soube educá-la na fé, no amor a Deus e aos pobres, no sacrifício, na oração. 

Desde pequena Marcelina foi sendo formada nos valores cristãos e assim aprendeu a vivê-los com seriedade e amor! Mais tarde, ela ensinaria tudo a seus dois irmãos Sátiro e Ambrósio, fazendo com que se tornassem grandes homens para a sociedade e para Deus. Eles a amavam com amor filial.

Quando Marcelina tinha apenas 13 anos seu pai faleceu. Quanta dor! Sua mãe e seus dois irmãozinhos também sofreram muito com a ausência daquele pai tão bondoso com todos. Mas eles precisavam ser fortes porque a vida assim exigia de cada um. Decidiram então voltar para Roma e ali viver guardando viva a memória dos seus exemplos inesquecíveis. 

Marcelina tornou-se uma jovem encantadora e muitos rapazes queriam se casar com ela. No entanto, seu coração já pertencia a Deus a quem aprendeu a amar e a respeitar profundamente. Quando tinha 20 anos, outra dor invadiu seu coração: a morte de sua querida mãe. Agora Marcelina tinha total responsabilidade sobre a educação de seus dois irmãos. Estavam órfãos! Marcelina, como irmã mais velha, sabia que devia cuidar deles como mãe zelosa. E assim o fez por toda a vida!

Para levar adiante esse projeto, retirou-se para uma vila tranquila, em Cernusco, perto de Milão, e passou a viver em contato com a natureza.

Aos 25 anos, o desejo de entregar toda sua vida a Deus realizou-se plenamente. Publicamente e, diante do Papa Libério, na noite de Natal, ela recebeu o véu das virgens e prometeu que viveria para sempre como esposa de Cristo, pobre, simples, amando e cuidando dos pequenos e sofredores. Sua vida foi um grande testemunho de amor aos mais carentes da sociedade, de amor e fidelidade à Igreja.

Marcelina passou toda a sua vida dedicada aos pobres e aos seus irmãos. Viviam unidos, trabalhando, rezando, lutando pelo bem e servindo a quem precisasse. Renunciou às riquezas materiais que foram doadas aos pobres. Tocadas pelo testemunho de amor de Marcelina, muitas outras jovens passaram a viver como ela.

Sátiro e Ambrósio estudaram com os melhores mestres e dedicaram-se com sucesso aos estudos jurídicos, tornando-ser homens públicos de grande prestígio. Sátiro, renomado advogado, ao voltar de uma arriscada viagem à África, onde fora por amor à justiça e aos pobres, naufragou e foi obrigado a deter-se em Roma, gravemente doente. Foi durante essa terrível viagem de volta que Sátiro recebeu o batismo e a Eucaristia. Desejoso de reunir-se aos irmãos, morreu santamente em Milão assistido por Marcelina e Ambrósio, no dia 17 de setembro de 379.  Os dois irmãos sentiram mais uma vez a dor da perda, mas sustentados pela fé seguiram em frente.

Ambrósio tornou-se um grande Bispo em Milão e era estimado por todos pela sabedoria de suas pregações. Ministrou o batismo a Agostinho de Hipona, tornou-se um grande defensor dos pobres, lutou pela verdade do Evangelho e pela justiça com a caridade e com a força da oração.

Em abril de 397, Marcelina, mulher forte na fé, teve que suportar mais uma vez a dor. Ambrósio, aos 57 anos, fica gravemente doente e morre. Marcelina sofre sozinha e naquela dor sentia que sua hora também estava chegando. Poucos meses depois, no dia 17 de julho do mesmo ano, com 70 anos de idade, uniu-se à sua família no céu para receber de Deus a recompensa por ter vivido santamente todos os dias de sua vida e por ter educado seus irmãos de forma exemplar.

Hoje, nós a invocamos carinhosamente como Santa Marcelina, grande mestra e educadora, padroeira das Irmãs Marcelinas. Que Santa Marcelina, São Sátiro e Santo Ambrósio intercedam por todos nós, pelas nossas famílias, pelos doentes, pelos pobres e abandonados para que sejamos fieis aos ensinamentos de Cristo enquanto ainda caminhamos pelas estradas deste mundo.


Ir. Deuceli Kwiatkowski

sábado, 6 de julho de 2013

Chegadas e partidas

No vai e vem da vida encontramos pessoas, ficamos felizes por conhecê-las, aprendemos a amá-las, descobrimos suas preferências, conhecemos suas ideias, partilhamos a vida, alegrias e sonhos, dores e sofrimentos e, um dia, as deixamos ou elas nos deixam partir.

Há aquelas pessoas que encontramos apenas uma vez na vida e nunca mais as vemos. Sua lembrança se apaga de nossa mente. Chegam e partem rapidamente. Outras ficam um pouco mais, dias talvez e também se vão. Deixam lembranças boas e nós guardamos as suas palavras, as histórias contadas entre sorrisos e saudosas lembranças. Mas também partem rapidamente. Outras permanecem por muito tempo, anos e anos. Ficam em nós porque guardamos o tom de sua voz, o jeito de falar, de sorrir, de brincar com as mãos quando falam, os abraços dados, as noites passadas contando o que a vida ofereceu de presente ou tirou inesperadamente.

E assim, entre partidas e chegadas, entre sorrisos e lágrimas a vida se faz no dia a dia. Já que não temos morada permanente aqui nesta vida, deixemos as pessoas com palavras amorosas pois não sabemos se as veremos novamente.

Olhemos para Jesus. Ele amava verdadeiramente seus amigos e, um dia, decidiu ir até a casa de Marta e Maria para estar com elas (Lc 10, 38-42). Imaginemos a alegria deste reencontro fraterno e amigo. Enquanto Marta se ocupava de outros afazeres, Maria não teve dúvidas e rapidamente colocou-se aos pés do mestre para ouvi-lo contar sobre suas andanças pelas cidades e aldeias, anunciando o reino de Deus às multidões que o buscavam por todos os lugares. Não existia nada mais importante para aquela mulher do que estar ali com o mestre, hospedando-o em seu coração para que sua vida se enchesse de luz.

Maria sabia que Jesus não ficaria em sua casa por muito tempo porque partir era inevitável. Sua missão era grande demais, mas ele sabia encontrar tempo para estar com quem amava. Ali, naquele simples lar, queria encontrar um pouco de alívio e simplesmente descansar entre amigos.

Maria escolheu a melhor parte. Compreender a importância do momento presente significa ficar com o melhor, com o essencial. Significa não perder a oportunidade de estar profundamente na presença de quem se deve estar. Quando voltaria a ver Jesus? Não sabia quando reencontraria aquele que enchia seu coração de paz, que encantava a todos com palavras de sabedoria e que a fazia sentir-se tão amada. A oportunidade era única, não se repetiria novamente embora pudessem existir outros momentos como aquele.

Inegavelmente Jesus era diferente de todos os homens. Sabia estar com as pessoas, amava-as como mereciam ser amadas. Ninguém saía de sua presença sem sentir-se tocada por ele. Maria compreendeu aquele momento e permaneceu no melhor lugar: aos pés do amigo.

Quando compreendermos que a vida é uma eterna experiência de partidas e chegadas, nossos encontros se tornarão mais verdadeiros e profundos. Escolheremos a melhor parte e nos sentiremos felizes por deixarmos as pessoas com palavras e sentimentos de amor.


Ir. Deuceli Kwiatkowski