domingo, 15 de dezembro de 2013

A boa palavra


“Não saia de vossos lábios nenhuma palavra inconveniente, mas, na hora oportuna, a palavra boa para edificação, que comunique graça aos que a ouvirem. E não entristeçais o Espírito Santo, pelo qual fostes selados para o dia da redenção. Toda amargura e exaltação e cólera, e toda palavra pesada e injuriosa, assim como toda malícia, sejam afastadas de entre vós. Sede bondosos e compassivos uns com os outros, perdoando-vos mutuamente, como Deus em Cristo vos perdoou” Ef 4,29-32

Sábios conselhos de Paulo que deveríamos trazer gravados no coração e na mente para que de nossos lábios saiam somente palavras edificantes, cheias de ânimo e de esperança, de força e coragem, de fé e de amor e não palavras que magoam e destroem o ser humano porque ferem na alma. A mágoa vem da palavra, do que as pessoas pensam ou dizem de nós, dos julgamentos precipitados, da desinformação dos fatos, das calúnias mentirosas.
Quantos de nós não estamos ávidos para difamar alguém, para saber da vida alheia, para semear discórdia e fofocas que destroem amizades, maculam fraternidades, põe fim em relacionamentos de anos? Quantos de nós não nos transformamos em semeadores da mentira a serviço do mal que divide e mata?
“Para que haja paz em nossa família, em nossa comunidade, em nossa cidade, em nosso país e no mundo, devemos começar por estar com o Senhor. Onde está o Senhor, não há inveja, não há criminalidade, não há ódio, não há ciúmes. Existe fraternidade. Quem fala mal do irmão, o mata. E nós, todas às vezes que o fazemos, imitamos aquele gesto de Caim, o primeiro homicida da história”. Diz Papa Francisco
É inevitável que existam divergências e mal-entendidos, até mesmo conflitos, mas é essencial que, no caminhar da própria existência, nos esforcemos para procurar juntos a verdade objetiva, na estima, no respeito recíprocos, a fim de que aconteça a reconciliação e cresçam o amor, a paz e a concórdia nos corações.
Somos diferentes e cada um tem o direito de ser respeitado nas suas escolhas, no seu tempo, no seu esforço. “Basta de fofocas!” nos diz Papa Francisco. O alimento de um cristão não pode ser jamais a fofoca, a crítica destrutiva, a calúnia, mas a Palavra de Deus que orienta a vida e  faz viver como Jesus pelas estradas deste mundo. “Por que reparas na palha que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu?” Mt 7,1-5
Que a boa palavra, falar bem um do outro, seja o nosso compromisso concreto e diário se queremos, de fato, ser chamados de cristãos. Isso fará bem a todos e será um belo testemunho do nosso amor por Cristo!

Ir. Deuceli Kwiatkowski

domingo, 1 de dezembro de 2013

Nasceu-nos um Menino - o Emanuel - Deus conosco!

No final de cada ano temos a sensação de que os dias estão passando mais rapidamente e quando nos damos conta levamos um susto porque já é Natal! Ele chega com todo seu encanto, ternura, beleza, mas, aos poucos, somos invadidos pela loucura das ofertas e pela correria dos presentes e nossa atenção desvia-se do essencial.

Infelizmente, para muitos, Natal é sinônimo somente de dar e receber presentes. Um consumismo desenfreado que longe de representar verdadeiramente o significado mais profundo desta data, leva as pessoas a uma vida vazia e de aparências. Tudo acaba depois da troca de presentes e da ceia de Natal. As pessoas se despedem com palavras convencionais, vão para suas casas e os dias continuam da mesma forma, sem luz, sem brilho, sem alegria, sem a troca de amor, de atenção, de respeito... sem Deus.

Constata-se então que damos tantos presentes e não somos um presente na vida do outro que vive tão perto de nós, em nossa casa, em nosso trabalho. E aí perguntamo-nos: viver assim vale a pena? Fazer-se esta pergunta é fundamental para voltarmos o nosso olhar e nossa vida para o verdadeiro sentido do Natal cristão.

Muitos comemoram a festa natalina e nem sabem que Natal significa nascimento: o dia do nascimento de alguém. Fazem festa para si mesmos, com muita comida e bebida e nem sabem quem é o aniversariante. É lamentável!  Se cada um de nós tem o dia de seu natal, como poderia Jesus não ter o dele?

“E o verbo se fez carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigênito, cheio de graça e de verdade”. (Jo 1,14)

Para nós que acreditamos, que temos fé na palavra revelada através dos séculos, celebrar o Natal é festejar o encontro de Deus com o homem! Haverá dom maior que ter um Deus vivendo conosco a nossa vida humana?

Natal é a festa com a qual se celebra não um acontecimento passado que ocorreu há mais de 2000 mil anos atrás e acabou, mas algo presente que é ao mesmo tempo começo de um futuro eterno que vem se aproximando. É a festa do nascimento da eterna juventude! Nasceu-nos um menino, mas não é um menino que começa a morrer no momento em que começa a viver. É o menino que traz consigo definitivamente a eterna vida... a eterna juventude!

Na manjedoura, Jesus Menino, o Filho de Deus, luz do mundo que brilha para todos, realidade amorosa de salvação. Reunidos em torno dele, celebrando sua presença, os homens e as mulheres retomam sua trajetória, se alegram, festejam, se arrependem, perdoam, sonham, planejam; preparam novos passos para a jornada da vida.

Que, neste Natal, os corações se tornem manjedouras onde Jesus possa renascer a cada dia e o Amor seja o grande presente de todos para todos!




Ir. Deuceli  Kwiatkowski