sábado, 28 de abril de 2012

Fragmentos de verdade e beleza!

Uma das coisas boas da vida é poder sentar com um amigo, sem tempo marcado, bater um bom papo, sem falar de coisas que chateiam, ouvir o que as palavras não dizem, sem tentar entender tudo, ler os gestos que acompanham os sentimentos, sem perder-se do essencial.

A vida é assim simples, traz alegrias, realiza sonhos, promove encontros, provoca mudanças, solicita adaptações, gera transformações, sustenta convicções, exige decisões, quebra barreiras, guarda segredos.

Inevitavelmente, vivemos tensões diárias que provocam em nós uma certa desesperança diante dos sobressaltos da vida. Mas, se não estivermos distraídos, encontraremos, ao longo do dia, pessoas que nos estimulam a viver bem, gestos que nos acordam, palavras que mexem conosco. São fragmentos de verdade e beleza que têm o poder de provocar em nós  sentimentos novos, capazes de gerar atitudes reveladoras de compaixão, de esperança,  de amor.

Frequentemente gastamos uma boa parte de nossos dias com tantas coisas inúteis. Perdemo-nos em fazer coisas e mais coisas, em comprar o que, na verdade, não precisamos, passamos horas diante da televisão ou do computador e, no fim do dia, parece-nos que falta algo que não é mensurável, nem racional, mas que passa pelas palavras de afeto, de compreensão, pelos gestos de amor, de cuidado, de acolhida, pelo jeito de olhar, de pedir perdão. Sentimos falta de algo que toque o coração.

Fomos, incrivelmente, criados para estarmos acima das coisas e para encontrarmos um jeito nosso de ser que nos faça felizes. É no agora que temos a possibilidade de reescrever a nossa história, mudando a direção em que empregamos nosso tempo e nossas energias. Sobre o essencial não há diálogo.

As pessoas estão adoecendo por falta de amor! Guardam mágoas por anos e anos e não conseguem perdoar. Gastam os dias e não vivem mais. Perdem-se por caminhos enganadores e sentem-se vazias, sem nada e ninguém.

O coração precisa parar, silenciar. Precisa encontrar-se consigo mesmo. É no silêncio que podemos recompor a vida que nos é sugada continuamente. A oração nos devolve a nós mesmos. Coloca-nos em contato com Deus que nos faz enxergar, neste turbilhão de coisas, o que, de fato, carrega o brilho da eternidade.

Limitar a vida apenas à materialidade, é tirar a possibilidade de renascer em cada dia com um novo coração.

Ir. Deuceli Kwiatkowski



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