segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A vida nos desperta!

Onde está a vida que perdemos quando vivos? 
(Eliot em Os coros de “A Rocha”).

“Quase sem nos darmos conta, perdemos a vida vivendo. Damo-nos conta de quanto a perdemos apenas quando acontece algo que nos torna conscientes porque de outra forma poderíamos continuar quase sem nos apercebermos” 
(Julián Carron).

Vivemos num mundo marcado por mudanças aceleradas. O mundo moderno atrai e, ao mesmo tempo, gera um profundo sentimento de vazio nas pessoas. Muitas correm atrás de mil coisas, tornam-se pessoas superficiais, sem raízes, incapazes de investimentos mais profundos em seu jeito de ser, de pensar e de agir. Permanecem imaturas ao longo da vida. Outras ainda nesta busca de satisfação tentam as opções mais estranhas. Bebem caixas de cerveja. Usam drogas para esquecer a realidade. Modificam o corpo para se aproximar ao máximo possível de algum padrão de beleza vendido absurdamente pela Mídia. Estão sempre “fora”.

Mas a vida nos desperta o tempo todo e nos diz que o excesso de velocidade pode nos trair. Somos acordados de nossas distrações para retornar sempre à vida real. Certos fatos que acontecem tornam-nos mais conscientes: pode ser a inesperada perda de alguém que amamos, o diagnóstico da doença de algum amigo ou familiar ou as tragédias pelo mundo afora.

Certo é que não podemos viver distraídos, como se nada estivesse acontecendo ao nosso redor. Bom seria se em cada manhã despertássemos para fazer daquele dia uma oportunidade, uma tentativa ou uma ocasião para vivermos uma vida mais bem vivida com todos aqueles que Deus coloca ao nosso lado como dom.

Não percamos a vida! Quem aposta tudo em prazeres temporários, vai encontrar apenas satisfação fugaz porque a essência da vida não é ter, mas ser. Ser alguém que sabe onde colocou a própria esperança, que descobriu que amar, ser generoso, tolerante são atitudes nobres do coração humano. Lembremos que só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir.

Caminhemos juntos na estrada da vida! Não podemos controlar a realidade à nossa volta. Sempre haverá adultos desonestos, jovens superficiais e crianças pouco educadas.

Ir. Deuceli Kwiatkowski

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