sexta-feira, 28 de maio de 2010

Meu lugar no mundo

Muitos anos já se passaram e recordo-me tão vivamente dos momentos da minha adolescência quando comecei a pensar na minha vida e o que seria no futuro. 

Eu era ainda muito jovem e não sabia quase nada da vida, mas sabia que não queria viver pra mim mesma. 

Essa ideia permanecia insistentemente e assim comecei a pensar seriamente sobre o que Deus queria da minha vida. Não poderia deixar de ouvir o convite: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-Me” (Mt 19,21).

Sabia perfeitamente que a caminhada seria longa, que o mergulho teria que ser profundo e que o deserto não seria suave. E foi assim! 


Uma longa caminhada de encontro com Deus, de quem aprendi onde seria meu lugar no mundo. Senti-me feliz porque Ele me revelava um jeito novo de ser, de viver e de agir. Meus olhos se abriram e vi que o mundo era bem maior do que imaginava e que onde existir um ser humano haverá sempre espaço para uma presença amiga, acolhedora, terna, fraterna e materna, disponível, solidária, enfim, uma irmã.

Ao longo desses anos, o amor preencheu a saudade da família, a fé alimentou minha vocação e a esperança me fez caminhar confiante na promessa de Jesus: “Estarei com você todos os dias...” Então, o que temer? Com essa certeza lancei-me pelas estradas da vida e encontrei sentido para minha vida.

Quero lembrar uma grande mulher, cujo amor é para o mundo um testemunho incontestável. Quando um repórter inglês, visitando Madre Tereza de Calcutá, impressionado pela simplicidade e fascínio de sua pessoa, lhe pergunta, quase querendo arrancar-lhe da alma o grande segredo: “Afinal, Madre Tereza, o que quer a senhora fazer de sua vida? O que, de fato, quer ser, fazendo tudo o que faz? Madre Tereza responde com um sorriso meigo e feliz. E responde por todas as mulheres consagradas:
“Apenas algo de lindo para Deus!”


Caminhemos felizes e sejamos fiéis a Deus. Nesse mundo há lugar para todos realizarem a própria vocação como pais, mães, sacerdotes, leigos, catequistas, religiosos.


Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro

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