quinta-feira, 8 de março de 2012

Jesus, um Mestre diferente!

Um mistério cativante, um encanto inexplicável criavam ao redor dele uma atmosfera de amor, de alegria, de fé. Mas não foram poucas as vezes que os discípulos, estando ao seu lado, sentiam-se invadidos por um sentimento de sagrado temor, quase um medo diante do mistério. Era um homem verdadeiramente diferente!

Por amor à liberdade, Cristo se encerrou silenciosamente num corpo humano e nos dias de sua vida terrestre, tornou-se “inferior ao Pai”; precisou de alimento e repouso, viveu em si todo o sofrimento do mundo. Tornou-se carpinteiro de uma cidadezinha de província, cercado por gente simples que trazia marcas de sua ignorância e pecado; passou os seus dias na companhia de pobres, excluídos, pecadores e leprosos.

Os evangelistas o descrevem como uma pessoa profundamente humana. Muitos viram lágrimas em seus olhos, viram-no sofrer, maravilhar-se, alegrar-se, abraçar as crianças, admirar as flores, orar em silêncio.

Suas palavras eram cheias de misericórdia pelas fraquezas humanas. Não condenava os pecadores, herdeiros de muitos erros do ambiente de onde provinham, mas ajudava-os a recomeçar e a andar por caminhos novos. Ele sabia falar com ternura e delicadeza, com firmeza e suavidade; suas palavras tocavam os corações e a fé renascia.

Quando falava de coisas extraordinárias ou instigava alguém a praticar atos difíceis e ousados, era sem falsos ímpetos, mas com serenidade e sensatez. Quando falava de lutas e provações, dava ao mesmo tempo a todos a luz, abençoava e transfigurava a vida.

Jesus jamais procurou encantar o povo com manifestações evidentes de sua grandeza. Fez-se pequeno para a mentalidade “deste mundo” e, desta forma, manteve intacta a liberdade dos homens. Jesus não procurava servos, mas filhos, ou melhor amigos e irmãos que tivessem por ele um amor desinteressado e o seguissem apesar de ser desprezado e rejeitado por muitos.

Se o Messias tivesse se manifestado como alguém cheio de glória, se ninguém pudesse resistir ao seu fulgor, a adesão dos homens teria sido obrigada. Mas Cristo ensinava algo bem diferente: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Era assim que o mestre da vida agia.

Enquanto andava pelas estradas da Palestina, Jesus não abandonou o mundo, não escondeu dele os tesouros do espírito, mas os distribuiu com generosidade a todos aqueles que desejaram encontrar-se verdadeiramente com ele.

Ir. Deuceli Kwiatkowski

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