segunda-feira, 12 de março de 2012

Juntos na mesma estrada!


Antes de dar início à sua missão, Jesus quis reunir alguns jovens galileus para estarem com ele. 

Queria propor-lhes um itinerário de formação, torná-los discípulos e semeadores de um Reino que floresceria abundantemente por todo o mundo. Mas eles jamais imaginaram que seriam surpreendidos por uma proposta arrebatadora. 

Como poderíamos descrever o que se passou no coração de Pedro e André à beira do lago, de Tiago e João ou de Levi, o cobrador de impostos?

Era uma presença inesperada que correspondia evidentemente ao desejo de verdade, de justiça, de amor que constituía a humanidade simples e não presunçosa. Eram pescadores, homens simples acostumados com a luta diária. Mas bastou um olhar de Jesus para deixarem tudo e seguirem o mestre de Nazaré.

Desde então, mesmo traindo-o e entendendo-o mal mil vezes, não o abandonariam mais. Tornaram-se amigos e caminharam juntos na mesma estrada.

Jesus gostava de estar com seus amigos. Não perdia a oportunidade de comunicar-lhes as verdades essenciais da vida. Um dia, enquanto rezavam, Jesus fez uma pergunta surpreendente a eles: “Quem dizem que eu sou?” Rapidamente muitas respostas surgiram porque tinham ouvido tantas coisas a respeito do mestre. Mas Jesus insiste mais uma vez: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lc 9,18-22). Pedro tomando a palavra disse com toda a força: “Tu és o Cristo de Deus”.


Estavam já há três anos na companhia do Mestre, bebendo de uma fonte inesgotável e fascinante, mas quem era Jesus para eles? Que sentido davam à palavra Messias? Será que o reconheciam como Filho de Deus?

Embora cada dia que os doze passavam com Jesus fosse pleno de um sentimento de proximidade de Deus, o significado deste mistério continuava ainda obscuro para eles. Difícil era ultrapassar a humanidade e vê-lo na sua divindade. Era humano demais, mas era um homem sem igual.

Mas o tempo de Deus chegou para eles. Seus corações abriram-se, suas mentes iluminaram-se e a certeza absoluta de que Deus estava entre os homens e tinha manifestado a sua glória, tornou-se testemunho vivo. Ninguém no mundo poderia tirar destes homens a fé em Jesus Cristo, Filho de Deus. Creram e viveram pelo Evangelho e, como o Mestre, entregaram a própria vida.

Hoje, somos nós seus discípulos amados. Em algum momento ou lugar fomos encontrados pelo Mestre e ele não nos deixou mais. Suas palavras fazem sentido em nossa vida e já não sabemos mais viver sem beber desta fonte. Por isso, a pergunta feita àqueles jovens galileus há mais de dois mil anos se repete hoje. Há tanto tempo nós já o conhecemos! Pode ser que por três bons anos ou dez, vinte, trinta ou cinquenta, não importa. Importante é que saibamos responder a pergunta de Jesus no silêncio de nosso coração e na verdade de nossa alma: Afinal, quem sou eu para você?

Ir. Deuceli Kwiatkowski

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