sábado, 24 de março de 2012

A bela experiência do encontro!

Ao longo da vida fazemos muitas experiências, mas a mais bela experiência é a do encontro porque ninguém vive sozinho.

Há encontros dolorosos que nos deixam doídos por dentro porque a expressão de aflição, preocupação e infelicidade no rosto de alguém nos comove profundamente. Somos parte da humanidade e a dor do outro nos recorda quem somos. Por isso, não podemos perder o chão da realidade que nos assemelha a todos.

Há também encontros que são dons maravilhosos. Encontramos amigos que trazem consigo o renascimento de um tempo passado que ganha novo vigor e significado pelas palavras, lembranças, fatos.

Encontramos pessoas que, embora nunca mais as tenhamos visto, deixaram algo em nós. Acenderam uma pequenina luz no caminho e nos incentivaram a estender as mãos, a suportar a dor, a não desistir diante das incompreensões, a pensar antes de reagir, a ser tolerantes. Destilaram sabedoria!

Encontramos também aqueles que já desistiram de viver e por onde passam espalham a amargura de uma vida cheia de escolhas erradas. E, mesmo assim, acontece um encontro. Encontramo-nos com um jeito de viver que não queremos para nós.

Mas, sobretudo, existe um encontro que é quase como um chamado, um convite. Este encontro nos abre para um novo modo de ser, de agir, de viver neste mundo. Ele nos situa de novo e, na hora oportuna, é como um apelo que não nos surpreende surdos, mas encontra-nos mais vigilantes do que nunca porque não nos apanha de improviso, não nos aparece como um estranho e desconhecido a quem se pode abrir ou trancar, mas vem de dentro de cada um, é a resposta a uma exigência que se tornou muito intensa e insistente, a uma necessidade e a uma ânsia que habitam o nosso ser.

Não podemos negar nossa essência. Nascemos para realizar o encontro mais importante de nossa vida que é o encontro com Deus. Pode ter sido perto de um lago, junto a uma árvore, num momento de sofrimento ou de felicidade, no trabalho ou na oração. Não importa! Porque longe de ser inexpressivo, ele significa mais do que possamos dizer ou imaginar. Somente a partir deste encontro único e pessoal, poderemos viver a alegria verdadeira de outros encontros porque tudo o mais ganhará novo sentido.


Ir. Deuceli Kwiatkowski

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