domingo, 4 de março de 2012

Cinco pães e dois peixes: era tudo o que tinham!

Jesus era um homem de grande sensibilidade. Ao saber da morte de seu primo, quis ficar sozinho. Pegou uma barca, retirou-se para um lugar afastado e apenas alguns de seus discípulos o acompanharam. Todos estavam tristes porque o contato com o sofrimento do outro nos recorda quem somos.

Diferente de todos os outros mestres, Jesus falava da vida de uma forma tão fascinante que multidões corriam até ele para ouvi-lo falar. Não se importavam com a distância e com as longas caminhadas, por vezes, tão sacrificantes em busca do alívio da dor. Esqueciam até
de levar algo para comer enquanto estivessem fora de suas casas. Queriam saciar outra fome. Não perdiam a fé, nem a esperança e nada os impedia de ir até o Mestre.

Tantas vezes a vida começa a nos sepultar mais do que a morte e vem alguém e nos ressuscita. Tira-nos da escuridão e nos mostra um caminho de luz. Assim era o Mestre de Nazaré.

Jesus gostava de passar despercebido e de ser encontrado por aqueles que enxergam com o coração. Assim, ao chegar do outro lado do lago foi surpreendido pela multidão que já o esperava. Seu olhar alcançou a todos e ali estava ele diante de pessoas doentes, tristes e oprimidas. Movido pela compaixão e sem esperar que lhe pedissem, começou a curar a todos, devolvendo-lhes a esperança e a vontade de viver. Jesus era incansável no seu amor.

Mas, sem que ninguém se desse conta, entardeceu e a noite já ameaçava cair. Só naquele instante é que os discípulos notaram o avançar das horas e, preocupados, dirigiram-se até o Mestre. Como fariam para alimentar aquela multidão, se não tinham dinheiro suficiente e estavam longe da cidade? Mais uma vez, foram surpreendidos pelas suas palavras.

Trouxeram-lhe apenas cinco pães e dois peixinhos. Era tudo o que tinham. Mas depois de Jesus abençoar aquele alimento com um gesto solene, partiu-os e deu-os aos discípulos. Rapidamente perceberam que aquele alimento seria suficiente para todos. E o que parecia improvável aconteceu: verdadeiramente todos ficaram saciados. O pouco se tornou muito e a fé vencera!

Jesus era tão cativante que despertou naquela multidão a sede de ouvi-lo. Ele não queria que as pessoas o buscassem somente por causa das curas físicas, mas queria que todos se tornassem verdadeiros portadores da luz no mundo porque o verdadeiro amor multiplica-se quando é distribuído.
Ir. Deuceli Kwiatkowski

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