terça-feira, 5 de junho de 2012

O Filho Pródigo... um caminho de volta!

O mundo atrai. A vida fácil, cômoda, sem sacrifícios, descompromissada faz parte do estilo de vida de muitos jovens que querem aproveitar ao máximo o hoje porque o amanhã pode não existir.

Vivem sem sonhos e sem esperança, sem um ideal maior que comunique uma escolha responsável e madura em prol da humanidade. Agem como se não se importassem com as consequências dos próprios atos. Tornam-se promotores de atitudes que machucam, ameaçam, destroem as pessoas. Vivem irresponsavelmente a própria liberdade.

Assim foi com aquele jovem que tinha tudo em abundância. Seu pai o amava verdadeiramente e tudo era dele e do irmão. Mas aquele mundo tornou-se pequeno demais para seus sonhos e para os desejos de seu coração. Queria mais: ser livre, conhecer o mundo, viver o que nunca tinha vivido, encontrar novos amigos, participar de festas, não se importar com nada...  apenas viver  (Lc 15,11-32).

O tempo passou. Um dia tudo acabou e aquele pobre rapaz nem sequer percebeu o quanto tinha se distanciado dos arredores de sua casa. Já não sabia mais quem era, perdeu sua identidade. Não tinha mais nada, nem dinheiro, nem amigos, nem casa, nem amor, nem paz, nem dignidade.

Andou por caminhos estranhos, sem rumo certo, sem saber o que fazer e para onde ir. Fartou-se em banquetes enganadores e sentiu a dor do abandono. Viveu miseravelmente na solidão de suas escolhas erradas. Perdeu-se de sua casa e chorou amargamente pelo mal que tinha feito a si mesmo e aos que o amavam de verdade.

Infelizmente, muitos não conseguem mais reencontrar o caminho de volta porque a distância é tanta que até os corações se distanciam.

Mas aquele jovem sonhador ainda conseguiu reunir as últimas forças para empreender o caminho de volta. Foi uma caminhada repleta de dificuldades que apontava para um recomeço.

Certamente a viagem de retorno deve ter sido tão fascinante quanto foi a de partida. Voltava agora um homem mais maduro, um filho mais humilde, um jovem agradecido. O tempo de maturação foi importante.

Voltar para a casa de onde partiu era reencontrar a vida novamente. A história não seria esquecida, mas um abraço apertado, pleno de amor, foi suficiente para aquele jovem entender que, na casa de seu Pai, havia vida em plenitude. Seu lugar era ali!

Trilhemos este caminho de retorno sempre que sentirmos que estamos caminhando para longe do Pai. Voltar será sempre fascinante porque será sempre a forma de chegar ao próprio coração.


Ir. Deuceli Kwiatkowski

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