
Sem dúvida, sua experiência de vida, dentro e fora do mosteiro, tornou-se fonte de inúmeras reflexões que foram sendo amadurecidas no silêncio da contemplação e transformadas em palavras, depois em capítulos e, por fim, em tantos livros que percorrem o mundo.
Creio que os monges sempre têm algo de muito importante a nos dizer porque o Mosteiro é uma escola onde se aprende de Deus a ser feliz.
Thomas Merton em um dos seus livros nos diz: “Se não tive a oportunidade de escolher a época em que viveria, tenho, no entanto, uma opção quanto à atitude que tomo e quanto à maneira e à medida de minha participação nos acontecimentos vivos que se sucedem. Trata-se de assumir uma tarefa e uma vocação no mundo, na história e no tempo. O meu tempo, que é o presente.
Optar pelo mundo é optar por fazer o trabalho de que sou capaz, em colaboração com meu irmão e minha irmã, para tornar o mundo melhor, mais livre, mais justo, mais habitável, mais humano”.
Portanto, este é o tempo de Deus para nós! É aqui nesta cidade, nesta família, nesta escola, no meu trabalho, na minha casa, com meus amigos e parentes que devo realizar o que Deus reservou para mim. A realidade atual não deve nos deixar perplexos, mas deve nos apontar caminhos que nos ajudem a continuar optando pela vida, pela fé, pela esperança, pelo amor.
Optar pela vida, em cada dia, significa assumir nesta vida os valores e ideais que Jesus viveu e ensinou, por mais diferentes que sejam de tudo aquilo que nos cerca. Significa realizar pequenos gestos que geram vida, alegria, simpatia nos corações.
Sejamos construtores de pontes e não construtores de muros que dividem. Um ato de amor vale mais do que mil palavras. Palavras passam... atos permanecem para sempre!
Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro