domingo, 24 de julho de 2011

Nascemos para dar certo

Que aspiração pode ser maior do que a vida?

Quando nossos olhos se abriram para este mundo, vivemos a bela experiência do cuidado. Alguém cuidou de nós! Incansavelmente fomos alimentados, embalados, consolados, afagados, contemplados, protegidos... alguém nos amou profundamente em cada momento de nossa vida, na gratuidade e na ternura.

Aos poucos, esta experiência de sentir-se amado ampliou-se e percebemos que o amor ultrapassou os limites de nossa casa e multiplicou-se em muitos encontros que fizemos ao longo de nossa vida até descobrirmos que existe um amor maior que sustenta todos os nossos amores que é o Amor de Deus!

A experiência do primeiro amor é decisiva em nossa vida porque ninguém consegue amar sem antes ter sido amado. Nossa relação com a vida, com Deus, com as pessoas está intimamente ligada a esta experiência. O amor como gratuidade e ternura só se aprende com quem vive o amor como gratuidade e ternura, não se aprende teoricamente.

Nascemos para dar certo! Nascemos para encontrar amigos, para conhecer lugares novos, para amar alguém e constituir uma família, para viver a vida de uma forma leve, bonita, sem atropelos e desânimos. Nascemos para amar de um jeito certo e bonito. Se em algum aspecto de nossa vida não demos certo, talvez porque nossas escolhas não foram acertadas, mas mesmo assim “tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28).

Para amar não há limite de idade porque fica bem em qualquer momento da vida. É possível começar sempre e, muitas vezes, com um pequeno gesto em cada dia. Amar é um exercício recomendável a todos porque nos deixa mais elegantes em nosso jeito de ser! Ninguém resiste a um sorriso, a um abraço, a uma palavra de consolo, a um gesto de carinho e atenção... ninguém resiste ao amor porque todos temos necessidade de amar e de sermos amados.

“As flores do campo não mudam de lugar para achar os raios de sol. Deus se encarrega de fecundá-las onde quer que estejam”. Assim somos nós também. Deus nos aceita do jeito que somos mas não quer que permaneçamos do jeito que estamos. Um passo avante, ali onde vivemos e trabalhamos, com aqueles que amamos e com aqueles que temos dificuldades para amar. Se permanecermos unidos a Deus, produziremos frutos para a eternidade porque aquele que ama conhece a Deus, porque Deus é amor (1Jo 4,8).
Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro

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