O Ano Litúrgico é um convite que se
renova a cada ano para iniciarmos uma caminhada de transformação interior e
comunitária. Ele nos toca, nos convoca, nos faz sair do lugar.
É um convite a uma mudança no estilo de
viver, no jeito de ser. É um convite a uma mudança na escolha de palavras que
não firam, não condenem, não criem muros de separação. É um convite a uma mudança
qualitativa nas atitudes e gestos. É um convite à conversão sincera. É um
convite a olhar para tudo aquilo que dávamos importância, para começarmos a dar
importância a outras coisas. É um convite a reservar espaços e tempos maiores
para dar consistência à nossa vida de fé.
É um tempo para perguntar-nos “o
que há de Evangelho em nossas vidas, para examinar que lugar Jesus tem em
nossos corações?” Pe. Adroaldo Palaoro
Estabelecer relações com o tempo e criar
estratégias para bem vivê-lo nos ajuda a manter viva a chama da verdade. Viver
não é fácil. Olhar para dentro de nós mesmos é desafiador. Sair do lugar onde
estamos bem acomodados exige superação e vontade, muita vontade. Crescer como
pessoa requer atenção e cuidado, perseverança e fidelidade. Assim dizem os santos: “Um olhar frequente ao céu e tudo
nos parecerá mais leve e fácil”.
Neste tempo especial de graça, somos chamados a
viver as práticas quaresmais: oração, jejum e esmola. Assim diz Pe. Adroaldo: “Por detrás
de cada uma destas práticas está o desejo de Deus de ver-nos mais livres:
livres para olhar mais além de nós mesmos, para olhar como Deus olha, graças à
oração.
Livres graças ao jejum, que ajuda a configurar nossa sensibilidade, que
nos impulsiona a sermos críticos com certos excessos, com determinadas coisas
que embora sendo supérfluas, exigem demasiada atenção e nos desgastam.
Livres
graças à partilha (esmola), para ir deixando de pronunciar a palavra “meu”,
para configurar nosso tempo, nossas coisas, nossos dons, no horizonte das
necessidades do outro”.
Não
deixemos de responder a este belo convite quaresmal que nos oferece a
desafiante possibilidade de nos colocar no caminho da verdadeira liberdade dos
filhos de Deus. Enquanto não formos livres interiormente, muitas coisas nos
prenderão ao chão da pequenez, da falsidade, da calúnia, da mentira, do egoísmo.
Nosso coração não foi feito para coisas pequenas, mas para alcançar o que de
melhor Deus preparou para aqueles que o buscam de coração puro e sincero.
Ir.
Deuceli Kwiatkowski
Que bom que voltou! Volte sempre! Estava com saudades.
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