quinta-feira, 16 de maio de 2013

Dom do Conselho


“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados. Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.” (Atos 2.1-4)

Surpreendentemente o Espírito Santo sopra onde Ele quer e como quer concedendo dons preciosos e úteis à edificação da Igreja. É o Espírito de Deus quem conduz o seu povo pela vida afora, pelos caminhos e descaminhos, pelas certezas e incertezas, pelos pedaços e pelas inteirezas. Ele compõe e recompõe. Dá vida nova e faz novas as criaturas.

Sem dúvida, em nossos dias encontramos pessoas nos seus mais diversos momentos.  Encontramos pessoas desanimadas e desacreditadas da vida, jovens sem esperança, mães acabrunhadas pela dor, pais que perderam a fé, famílias desunidas...

Diante desta realidade: o que fazer? O que falar? Como ajudar?

Deus não nos desampara em nossas dificuldades, mas nos concede seus dons. Entre eles, o dom do Conselho que nos faz saber pronta e seguramente o que convém dizer e o que convém fazer nas diversas circunstâncias da vida. É um dom de santificação que nos faz viver sob a orientação do Espírito Santo. Por ele, o Paráclito nos fala ao coração e nos faz compreender o que devemos fazer. Agimos sem timidez ou incerteza. Pelo dom do Conselho, falamos ou agimos com toda confiança, com a audácia dos santos.

Quem possui o dom do Conselho consegue dirigir, orientar e aconselhar as pessoas para a sua própria salvação e felicidade. O dom do conselho que é dado pelo Espírito Santo não é inconveniente, interesseiro, invejoso, não aconselha segundo a conveniência pessoal, mas aconselha somente para o bem da pessoa. Este dom constitui uma preciosidade, pois alerta-nos para os erros que cometemos ou soluções que necessitamos.

Hoje, mais do que nunca está em evidência a educação dos jovens e crianças. As dificuldades internas e externas, materiais e morais, muitas vezes passam pelo dom do Conselho, sem disto nos apercebermos. É uma responsabilidade, portanto, cumprir a vontade de Deus que destinou o homem para fins superiores, para a santidade. Para que possamos auxiliar o próximo com firmeza e sinceridade de coração, devemos pedir a Deus este precioso dom, com o qual O glorificaremos ao mostrarmos ao irmão as lições temporais que levam ao caminho da salvação.

É sob a influência deste ideal que a mãe ensina o filhinho a rezar, a praticar os primeiros atos das virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da fraternidade, do respeito, do amor ao próximo. 

É na família que se aprende a conhecer o amor e a fidelidade do Senhor e a necessidade de corresponder-lhe. É ali, nos braços dos pais, que os filhos aprendem as primeiras e mais decisivas lições da sabedoria prática que jamais serão esquecidas. Conselhos edificantes são aqueles que nascem do amor mais puro e verdadeiro. Os pais são os principais conselheiros para os filhos que necessitam de palavras seguras, de orientações certas, de caminhos que conduzam à vida verdadeira.

No Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, reside o Amor Supremo entre o Pai e o Filho. Foi pelo Divino Espírito Santo que Deus se encarnou no seio de Maria Santíssima, trazendo Jesus ao mundo para nossa salvação. Peçamos à Maria, esposa do Espírito Santo, que interceda por nós junto a Deus concedendo-nos a graça de recebermos os divinos dons, apesar de nossa indignidade, de nossa miséria. Nas Escrituras, o próprio Jesus quem nos recomenda: "Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto" (Mt 7, 7s)

Imploremos insistentemente o Espírito Santo e deixemo-nos tocar por Deus que quer transformar nosso coração e nos fazer verdadeiros cristãos, irmãos de verdade, amigos leais, filhos amorosos.

Embora sintamos ventos contrários, sentimos também o vento do Espírito Santo que nos impulsiona e mostra o caminho reto.  E, assim, colocamo-nos à escuta para acolher suas inspirações e, ser no mundo, homens e mulheres que, tocados por Deus, assumem com fidelidade e audácia o anúncio urgente do Evangelho.

Por isso, rezemos com confiança e fé: Ó Espírito Santo, amor do Pai e do Filho, inspirai-me sempre aquilo que devo pensar, aquilo que devo falar, como eu devo falar, aquilo que devo calar, aquilo que devo anunciar, como eu devo agir, aquilo que eu devo fazer, para buscar a vossa glória, o bem das pessoas e minha própria santificação. Amém.

Ir. Deuceli Kwiatkowski

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