Nos pequenos detalhes descobrimos
a beleza e a essencialidade da vida. Eles têm o poder de nos comunicar aquilo que só o coração consegue ver.
Trazem lembranças de
tempos idos, acordam em nós atitudes esquecidas, alimentam certezas e esperanças, iluminam o
coração, a mente e o olhar, confirmam sentimentos, trazem felicidade... recordam-nos que o mundo é
muito maior do que o nosso próprio mundo.
Talvez a correria e as contínuas
distrações a que estamos sujeitos em nossos dias nos impeçam de ver a beleza cotidiana
escondida nos acontecimentos mais simples, puros e verdadeiros como, por
exemplo, sentar-se à mesa para alimentar-se de pão e de vida, de olhares e de
presença.
Não quero mais perder os detalhes
da vida, por isso, decidi não viver correndo sem dar-me conta de que as pessoas
estão em cada esquina, nas nossas casas, no trabalho, no ônibus, ao nosso lado
esperando quem sabe apenas por um sorriso ou por um olhar para sentirem-se percebidas
sem causa nem juízo, simplesmente por serem pessoas.
Decidi que não quero mais viver
espalhando agitação, ansiedade, desassossego e pressa porque ninguém merece estar
com a minha pior parte. Quero, sim, a paz daqueles que já descobriram o
essencial da vida.
Decidi que quero fazer cada coisa
no seu tempo, com serenidade e competência.
Muitas vezes o problema está na quantidade de itens da lista que temos
para dar conta que não corresponde ao tempo que dispomos. Corremos o dia todo,
ficamos estressados, pouco gentis, deselegantes e ainda, no final da jornada, com
a triste sensação de não termos feito tudo. Erramos na medida, permanecemos
eternamente cansados e, o pior de tudo, deixamos péssimas impressões por onde
passamos. De que vale viver assim?
Façamos nossa lista, mas não nos
esqueçamos de colocar tudo na ordem das prioridades. Nossa lista ficaria bem assim:
primeiramente as que são essenciais, depois seguem as que são importantes e, por
fim, aquelas que são secundárias. Observar prioridades facilita a realização
dos compromissos, nos torna pessoas mais humanas e serenas e, sem dúvida, nos
faz viver a singular experiência do amor.
Decididamente decidi que quero a
beleza dos detalhes, a gentileza das atitudes, a verdade das palavras, o
silêncio do coração, o amor na simplicidade...
assim vou seguindo, deitando o olhar e o coração aqui e ali e vou construindo
meu jeito de ser, de pensar, de agir para, um dia, poder olhar para trás e não ter a sensação de não ter vivido como devia... na grandeza dos detalhes!
Ir. Deuceli Kwiatkowski
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