O
que, de fato, toca o nosso coração? Depende.
Há momentos em que muito mais do que
pelas palavras que diariamente ouvimos, somos tocados pelos gestos de amor que
chegam ao nosso coração na simplicidade, na verdade, na gratuidade e, tantas
vezes, quando menos esperamos. Basta um sorriso, um olhar sem julgamentos, uma
mensagem no celular, um telefonema de bom dia, um abraço fraterno para fazer
alguém sentir-se amado e querido. Saber que para o outro eu existo desperta em
nós sentimentos de alegria profunda e, mesmo distantes, tornamo-nos tão
próximos.
Pequenos
gestos de amor têm o poder incrível de aproximar pessoas, de devolver a
serenidade na dor, de alegrar o dia de alguém, de curar corações magoados, de
recuperar o ânimo abatido, de despertar novos gestos de amor, de trazer novamente
alguém à luz. Ninguém resiste ao amor porque nascemos para amar e ser amados.
Somente quem ama de verdade chega ao coração do outro porque quem ama é, acima
de tudo, uma pessoa atenta, que sente, intui e percebe as consequências do que
está para dizer ou fazer.
Mas
em outros momentos, somos tocados pelas palavras porque a “nossa vida é um casamento com as palavras, as que dizemos a nós mesmos
no silêncio do recolhimento e que nos ajudam a não perder de vista o rumo e a
sempre reencontrá-lo, as que dizemos aos outros para compartilhar alguma coisa
nossa e as que ouvimos dos outros, para nos conhecermos e para reunir o cansaço
e a sabedoria do viver. Quando inexiste essa troca de palavras ditas e ouvidas,
a vida é mutilada nas suas expressões mais vitais e espirituais”. Giuseppe Colombero
Esta
é a nossa vida. Somos feitos para a comunhão. A amizade, o amor e todos os
sentimentos fortes, mesmo o ódio, têm necessidade de palavras. Viver é
encontrar e dialogar.
Portanto,
manter viva a afetividade significa permanecer enxertados no tronco da vida e
comunicar vida. Muitos a recusam intencionalmente porque a amizade é exigente e
obriga a corresponder-lhe e a cultivá-la. Mas felizes são aqueles que descobrem
o segredo da vida e se dispõem a vivê-lo em cada dia espalhando sementes de
esperança, de paz, de gentilezas, de amor.
Lembremo-nos
sempre: o essencial faz a vida valer a pena! E o essencial é amar porque quem
ama é feliz.
Ir. Deuceli Kwiatkowski
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