Existe força e poder nas palavras!
Não temos dúvida disso.
Elas chegam com uma força incrível
e nos apontam novos caminhos, nos dão esperança, criam em nós novas certezas,
possibilitam novas reflexões, alargam nossa mente, nos fazem sorrir, nos dão
asas pra voar alto. Mas não vivemos apenas da palavra que nos leva para o alto.
Existem palavras que deixam em nós o gosto amargo da decepção, da desilusão, da
incompreensão, da desarmonia, da inquietude. Conviver com estas palavras
torna-se uma luta. O tempo e energia que consumimos tentando manter o
equilíbrio e evitando ser abatidos e naufragar mostra que nossa vida é uma luta
pela sobrevivência.
Eis então a questão: A
quem pertencemos? A Deus ou ao mundo?
Muitas preocupações diárias sugerem
que pertencemos mais ao mundo do que a Deus. Qualquer crítica nos deixa
abatidos, desmotivados, zangados e a menor rejeição nos deprime. O menor elogio
levanta nosso espírito, um pequenino sucesso nos anima. Bem pouco é necessário
para nos levantar ou deixar pra baixo. Frequentemente somos como uma embarcação
num oceano, completamente ao sabor dos ventos e das ondas. Uma verdadeira
batalha que resulta, muitas vezes, da ideia errada de que é o mundo que dá os
nossos parâmetros.
Por isso vale pensar: Quanto
mais nos distanciamos do lugar onde Deus habita, tanto mais incapazes nos
sentimos de ouvir a sua voz. Quanto menos ouvimos esta voz, mais vulneráveis
ficamos na manipulação e nas tramas do poder do mundo.
Longe do tronco, somos como folhas
secas, sem vida. Longe da luz, tudo se torna sombrio. O coração se torna
pesado, o corpo cheio de tristeza, a vida perde o rumo certo, sentimo-nos
perdidos. “Decadência” pode ser a melhor palavra para explicar o vazio que tão
profundamente permeia nossa sociedade.
Nossos hábitos desregrados criam em
nós expectativas que só podem deixar de satisfazer nossas verdadeiras
necessidades. Enquanto cultuamos os valores pregados pelo mundo, poder, fama,
consumismo etc, acabamos por aceitar empreender uma viagem para um “país
distante” como o Filho Pródigo. Nesta viagem, defrontamo-nos com desilusões sem
fim e com um vazio que só pode ser preenchido quando decidirmos encontrar o
caminho de volta e retornarmos para a casa do Pai.
Ir. Deuceli Kwiatkowski
Nenhum comentário:
Postar um comentário