domingo, 26 de janeiro de 2014

A quem pertencemos? A Deus ou ao mundo?


Existe força e poder nas palavras! Não temos dúvida disso.

Elas chegam com uma força incrível e nos apontam novos caminhos, nos dão esperança, criam em nós novas certezas, possibilitam novas reflexões, alargam nossa mente, nos fazem sorrir, nos dão asas pra voar alto. Mas não vivemos apenas da palavra que nos leva para o alto. Existem palavras que deixam em nós o gosto amargo da decepção, da desilusão, da incompreensão, da desarmonia, da inquietude. Conviver com estas palavras torna-se uma luta. O tempo e energia que consumimos tentando manter o equilíbrio e evitando ser abatidos e naufragar mostra que nossa vida é uma luta pela sobrevivência.

Eis então a questão: A quem pertencemos? A Deus ou ao mundo?

Muitas preocupações diárias sugerem que pertencemos mais ao mundo do que a Deus. Qualquer crítica nos deixa abatidos, desmotivados, zangados e a menor rejeição nos deprime. O menor elogio levanta nosso espírito, um pequenino sucesso nos anima. Bem pouco é necessário para nos levantar ou deixar pra baixo. Frequentemente somos como uma embarcação num oceano, completamente ao sabor dos ventos e das ondas. Uma verdadeira batalha que resulta, muitas vezes, da ideia errada de que é o mundo que dá os nossos parâmetros.

Por isso vale pensar: Quanto mais nos distanciamos do lugar onde Deus habita, tanto mais incapazes nos sentimos de ouvir a sua voz. Quanto menos ouvimos esta voz, mais vulneráveis ficamos na manipulação e nas tramas do poder do mundo.  

Longe do tronco, somos como folhas secas, sem vida. Longe da luz, tudo se torna sombrio. O coração se torna pesado, o corpo cheio de tristeza, a vida perde o rumo certo, sentimo-nos perdidos. “Decadência” pode ser a melhor palavra para explicar o vazio que tão profundamente permeia nossa sociedade.

Nossos hábitos desregrados criam em nós expectativas que só podem deixar de satisfazer nossas verdadeiras necessidades. Enquanto cultuamos os valores pregados pelo mundo, poder, fama, consumismo etc, acabamos por aceitar empreender uma viagem para um “país distante” como o Filho Pródigo. Nesta viagem, defrontamo-nos com desilusões sem fim e com um vazio que só pode ser preenchido quando decidirmos encontrar o caminho de volta e retornarmos para a casa do Pai.  

Não permitamos que o mundo nos tire a fé nem a esperança. Se não tivermos fé, viveremos condenados a uma eterna dúvida e o naufrágio será nosso destino final.


Ir. Deuceli Kwiatkowski