domingo, 24 de novembro de 2013

Com o Espírito Santo somos novas criaturas!

Certa vez, o Patriarca de Constantinopla, Atenágoras I, disse:

“Sem o Espírito Santo: Deus fica distante da gente; Cristo, perdido na história; o Evangelho é letra morta; a Igreja, apenas agremiação religiosa; a autoridade, poder que se evita; a pregação, propaganda da Igreja; o oração, tarefa a cumprir; a Liturgia, ritual do passado; e a Moral, repressão.

Com o Espírito Santo: Deus entra na vida do mundo, onde inicia o seu Reino; Cristo, o Filho de Deus, se faz um de nós; o Evangelho é o novo estilo de vida; a Igreja, gente unida como as três Pessoas da Santíssima Trindade; a Autoridade, apoio e serviço; a pregação, anúncio da novidade do Reino; a oração, experiência de contato com Deus; a liturgia, memorial que antecipa o futuro; e a Moral, ação que liberta”.


Inquestionavelmente, estas palavras nos fazem pensar realmente sobre a ação do Espírito de Deus na nossa vida. Se não formos movidos pelo Espírito de Deus a vida se torna um peso. Nossas ideias, reflexões, pensamentos ficam pequenos demais, sem horizonte, sem profundidade, sem luz. Tudo pode se tornar apenas ação humana, fruto do acaso, meras coincidências; nada vai além das aparências, dos interesses pessoais ou de um grupo apenas.

Mas quando Deus entra na nossa vida tudo se transforma. O coração dilata, o olhar vê além das aparências, os braços alcançam a muitos, os pés se alargam, a vida se abre para todos; quando Deus entra na nossa vida a esperança nos mantém em pé mesmo nas dificuldades e nos sofrimentos inevitáveis da vida; quando Deus entra na nossa vida percebemos que tudo vale a pena ser realizado por amor, compaixão, misericórdia e que nada ficará em vão diante do Senhor; quando Deus entra na nossa vida as pessoas se tornam irmãos e irmãs, peregrinos na mesma jornada; quando Deus entra na nossa vida fugimos do pecado para que não nos torne escravos e nos dê como salário a morte; quando Deus entra na nossa vida nos tornamos mais humanos porque partimos sempre da nossa realidade e aprendemos a ser misericordiosos também.

Quando Deus entra na nossa vida a vida adquire novo sabor, os olhos veem mais, as palavras são mais verdadeiras, os gestos mais fraternos e solidários, o coração torna-se mais puro, as dificuldades não nos tiram a alegria, as carências são superadas.

Assim diz o papa emérito Bento XVI: “A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer ao mundo um testemunho que é capaz de gerar: de fato, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos”.

Que não nos falte a fé, a esperança e o amor, sobretudo, em nossos dias em que o materialismo impera em milhões de corações que vivem distantes daquele que os criou. Peçamos ao Senhor que dá sentido à nossa existência que redescubramos sempre de novo a alegria de crer e de comunicar a fé. Santo Agostinho atesta: “Os que creem fortificam-se acreditando!” Sigamos em frente, com coragem e fé!

Ir. Deuceli Kwiatkowski


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Uma chance ao amor de Deus

Nós nos transformamos naquilo que escolhemos isto é certo. Somos fruto de nossas escolhas, de nossas decisões, de nossas imaturidades, de nossas vontades. Certas ou erradas, o tempo dirá, o coração reclamará, as cicatrizes aparecerão, os que estão perto de nós sentirão.

No dia a dia damos chance a tantas coisas que nos trazem sensações, momentos de satisfação ou felicidade. Chances que, em algum momento da vida, custam um alto preço porque abrem portas à dor da solidão, ao sofrimento profundo e angustiante, a uma vida miserável capaz de tirar toda esperança e alegria do coração e causar até a perda total de sentido da vida.

Damos chance à bebida, às drogas, à intolerância, à impaciência, às mágoas, aos julgamentos precipitados, ao rancor, à falta de perdão e tantos outros sentimentos e atitudes que deixam marcas profundas em nossos relacionamentos com as pessoas que estão tão próximas a nós. Chances que criam divisões e brigas intermináveis, mágoas que provocam abismos, feridas que não cicatrizam mais e infelicidade, muita infelicidade.

Fomos criados para a felicidade e damos tantas chances ao pecado que, pouco a pouco, nos destrói e atinge também aqueles que mais nos amam. Por que buscamos caminhos que destroem famílias inteiras, deixam jovens mendigando pelas ruas e crianças abandonadas pelas nossas cidades?

Por que não desejamos a vida verdadeira e damos chance ao amor fraterno e solidário, ao perdão que cura as feridas, à paz que é fruto da justiça? Por que não damos chance para que Deus entre na nossa vida, ilumine-a e nos faça optar pelo bem? Por que não damos chance ao perdão que liberta, traz serenidade e cura? Por que não damos chance à partilha que nos torna solidários e generosos? Por que não damos chance à oração diária que dilata o coração e abre a inteligência para o mundo? Por que não damos chance a Deus de realizar grandes coisas em nossa vida e nos fazer felizes?

Pensemos nisso! Assim dizia uma antiga canção “Pecar é não ter vida, pecar é não ter luz...” Não vivamos na escuridão, mas busquemos a luz enquanto nossos dias passam.

Ir. Deuceli Kwiatkowski