sábado, 29 de maio de 2010

A cada dia basta o seu cuidado!

Sempre que iniciamos um novo ano, perguntamo-nos: o que será que este ano nos reserva? Muitas alegrias, dores, sofrimentos? Quem saberá? A quem é dado conhecer os desígnios de Deus?

Não temos respostas para muitas perguntas. E é bom que seja assim. Somente a Deus pertence o nosso futuro. Nossa vida está nas mãos de Deus que tudo sabe. Assim podemos confiar a Ele a caminhada de nossos dias. Lembremo-nos das palavras de Jesus: “A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6,34). O maior dom que temos é o momento presente, por isso, devemos viver cada dia com amor e atenção.

Atenção às pequenas coisas que fazemos no dia a dia. Se fazemos nossos trabalhos com amor e por amor, tudo adquire um sentido novo em nossa vida. Madre Teresa de Calcutá dizia:
“Dê ao mundo o melhor de você. Mas isso pode não ser o bastante. Mesmo assim, dê ao mundo o melhor de você e compreenda que no fim de tudo nunca foi entre você e as outras pessoas, mas entre você e Deus”.

Está aí o segredo desta mulher que viveu para os outros porque sabia que nada tinha sentido se não fosse feito por amor a Deus. Se não podemos realizar grandes coisas, façamos as pequenas com um grande amor. Diante de Deus nada ficará em vão porque Ele acolhe tudo o que fazemos como Pai de misericórdia. Não importa que as pessoas reconheçam, importa é que Deus conhece o mais íntimo de nosso ser. Não podemos ficar esperando que as pessoas venham a nós. Quem ama de verdade, vai ao encontro do outro, adianta-se na vivência do amor.



Se não sabemos o que nos espera o amanhã, devemos procurar ser bons hoje. Não deixemos para o amanhã quando temos a possibilidade de viver a fraternidade e o perdão no momento presente. Precisamos buscar a verdadeira riqueza, aquela que nem a traça e nem a ferrugem corroem, nem os ladrões assaltam e roubam.

Iniciemos este novo ano com muita esperança! Que em cada novo dia possamos fazer a experiência do amor gratuito. Se nossa vontade se unir à vontade de Deus tudo se transformará em bênção em nossa vida.

Continuemos alegres na esperança, firmes nas tribulações e assíduos na oração! Deus está conosco! Sejamos construtores da paz e não semeadores de discórdia e desamor.
Tudo o que fizermos nesta vida, ecoará na eternidade.


Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Um fim de semana... um Amor eterno!

É quinta-feira... Jesus sabe que é chegada a sua hora, mas Ele não parte sem antes realizar a Celebração do Amor... "Tendo amado os seus... amou-os até o fim".Quanta fidelidade existe nestas palavras!! Este é o mistério da presença de um Deus que quis permanecer no caminho dos homens... para que possamos nos amar uns aos outros, quis colocar-se nas nossas mãos: "Tomai e comei!" para que possamos encontrar nEle a força para amá-Lo sempre mais! É o mistério do Amor de nosso Deus que não é para ser entendido, nem contestado... mas aceito e vivido... de joelhos!

Sexta-feira... hoje estamos vivendo o grande silêncio... o silêncio de um Deus que se deixa calar por nós... porque nos ama até a loucura da cruz! "Tudo está consumado!" Diante deste mistério estonteante só podemos permanecer em silêncio... contemplando-O com seus braços abertos... presos à cruz... abraçada com a liberdade que é própria de corações divinos! Hoje caminhamos com Ele e revivemos seu sofrimento e sua dor até o calvário... uma cruz aceita com o mais puro amor porque sabia que devia cumprir até o final o projeto do Pai: revelar ao mundo o seu AMOR! Isto é maravilhoso porque nEle encontramos a força para vivermos, na fé, também nossa parcela de dor na caminhada de nossa vida... na via-sacra da humanidade! É uma pequena parcela que nos aproxima dEle e nos faz mais parecidos com Ele.

Sábado... é no silêncio que Deus se revela. Aguardamos, ansiosamente, o dia da Ressurreição. Peçamos ao Senhor da Vida a graça de continuarmos a procurá-LO, também na hora da dúvida, também quando o sol desaparece e o caminho se faz difícil...

Domingo... é Páscoa novamente!!! Vivemos momentos tão lindos nestes dias que renovam em nós a fé e a confiança nAquele que é o autor da VIDA!! Ele ressuscita e nos dá a sua paz, para que vivamos no amor... Ele nos deixa a certeza de que a "Terra Prometida" existe! Caminhemos nesta direção e façamos de tudo para conquistá-la com uma vida santa..."Ele nos deixou um exemplo a seguir, diz Pedro,... sigamos, portanto, seus passos!" ...eles nos conduzem pelos caminhos de uma vida eterna!!

Em nós, que cremos no Cristo, começa um dia de luz... eterno, que nunca se apagará... porque é a Páscoa do coração!!!

Que a revelação de Jesus que nos diz até que ponto Deus se dispõe a nos amar... seja para nós a linda possibilidade de sairmos de nosso medo de amar e de sermos amados. É do dom gratuito de Cristo crucificado que jorra a fonte do amor... bebamos sempre desta fonte e seremos felizes!!

Que este tempo pascal nos mantenha sempre na direção do mais puro AMOR!
Contemplemos agora o Cristo Vivo... e vivamos com Ele e nEle!!


Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro

Meu lugar no mundo

Muitos anos já se passaram e recordo-me tão vivamente dos momentos da minha adolescência quando comecei a pensar na minha vida e o que seria no futuro. 

Eu era ainda muito jovem e não sabia quase nada da vida, mas sabia que não queria viver pra mim mesma. 

Essa ideia permanecia insistentemente e assim comecei a pensar seriamente sobre o que Deus queria da minha vida. Não poderia deixar de ouvir o convite: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-Me” (Mt 19,21).

Sabia perfeitamente que a caminhada seria longa, que o mergulho teria que ser profundo e que o deserto não seria suave. E foi assim! 


Uma longa caminhada de encontro com Deus, de quem aprendi onde seria meu lugar no mundo. Senti-me feliz porque Ele me revelava um jeito novo de ser, de viver e de agir. Meus olhos se abriram e vi que o mundo era bem maior do que imaginava e que onde existir um ser humano haverá sempre espaço para uma presença amiga, acolhedora, terna, fraterna e materna, disponível, solidária, enfim, uma irmã.

Ao longo desses anos, o amor preencheu a saudade da família, a fé alimentou minha vocação e a esperança me fez caminhar confiante na promessa de Jesus: “Estarei com você todos os dias...” Então, o que temer? Com essa certeza lancei-me pelas estradas da vida e encontrei sentido para minha vida.

Quero lembrar uma grande mulher, cujo amor é para o mundo um testemunho incontestável. Quando um repórter inglês, visitando Madre Tereza de Calcutá, impressionado pela simplicidade e fascínio de sua pessoa, lhe pergunta, quase querendo arrancar-lhe da alma o grande segredo: “Afinal, Madre Tereza, o que quer a senhora fazer de sua vida? O que, de fato, quer ser, fazendo tudo o que faz? Madre Tereza responde com um sorriso meigo e feliz. E responde por todas as mulheres consagradas:
“Apenas algo de lindo para Deus!”


Caminhemos felizes e sejamos fiéis a Deus. Nesse mundo há lugar para todos realizarem a própria vocação como pais, mães, sacerdotes, leigos, catequistas, religiosos.


Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro

Olhar de Jesus: um olhar que restaura!

Desde o dia em que nascemos estamos aprendendo a viver! Aprendemos que viver é bom, que somos amados pelas pessoas e que podemos também amar e que nunca é tarde para aprender, para recomeçar, para reiniciar a grande e fascinante aventura de ser pessoa. Em tudo o que vivemos e experimentamos, muitas marcas ficam e logo percebemos que somente o olhar de um Deus é capaz de abraçar nossa humanidade com tudo o que ela tem de frágil e incoerente.

Caminhemos um pouco pelo evangelho e encontremos o olhar de Jesus. A Samaritana (Jo 4) havia tido cinco maridos e aquele que tinha não era o seu. Isso lhe tirou a sede que ela tinha? Seus pecados impediram-na de reconhecer Jesus? Zaqueu (Lc 1,10) era um publicano desonesto e rejeitado por todos. A incoerência que via em si mesmo e no seu ofício o impediu de conhecer Jesus? E o filho pródigo (Lc 15,11-31) aprontou de tudo, foi embora de casa, esbanjou sua parte da fortuna, acabou tomando conta dos porcos, o animal mais impuro para um judeu, a pior humilhação. Tudo isso não o impediu de, quando estava ali, na incoerência absoluta, ter-se lembrado de dizer:
“Mas na casa de meu pai vivíamos como rei!”


Dá pra entender? O que isso significa para nós? Significa que posso também reconhecer o Senhor e encontrar o seu olhar apesar dos meus pecados porque Ele não me condena, mas revela a mim mesmo quem eu sou. Com Ele, posso olhar para minhas incoerências sem medo. E quem é que pode olhar de verdade para um homem, sem medo, sem reduzi-lo, a não ser Deus? Esta experiência de amor é a coisa mais bonita do Evangelho porque nada neste mundo poderá me separar do amor de Cristo que me restaura o coração. Só o amor de um Deus pode colocar-me a caminho para recomeçar sempre de novo.

Continuemos caminhando com fé e continuemos acreditando que somente em Cristo encontraremos respostas para nossas perguntas. Deixemo-nos olhar por Ele e aceitemos o seu olhar!

Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro

Uma linda senhora!

Tudo aconteceu na Itália no ano de 1924, num pequenino lugar chamado Cernusco. Foi ali, que a Mãe de Jesus visitou uma jovem religiosa Marcelina.

Irmã Elizabeth era muito jovem e tinha apenas 27 anos. Estava gravemente enferma e a doença a deixou cega, debilitada e com fortes dores que a tornam cada vez mais fraca. Não esperava mais nada nesta vida a não ser a morte. A medicina não tinha mais recursos e nenhuma esperança poderia ser dada a ela.

Era o dia 6 de janeiro de 1924, às dez e trinta da noite, em meio ao silêncio profundo, Irmã Elizabeth começa a falar e deixa as outras irmãs surpresas. Diz ela: --- Oh! Como a senhora é boa! Mas eu tenho uma dor tão grande que nem sei oferecer a Deus... reze por mim! 


Então a bela senhora lhe diz: REZA! CONFIA! ESPERA! Voltarei de 22 para 23 de fevereiro. Depois de sorrir, desapareceu.

Irmã Elizabeth não sabia quem era aquela senhora e todos pensavam que estava sonhando. Ela, no entanto, continua tranquila em seu sofrimento mas sua saúde piora. Ela entra em coma e o médico diz que a qualquer momento ela poderá morrer.

O mês de fevereiro inicia e Irmã Elizabeth aguarda a bela senhora. Mas ela não chega no dia 2 para o dia 3. “Ela não veio... não veio... aquela boa senhora... disse que voltaria na noite de dois para três!” disse com profunda tristeza.

Os dias foram passando e a doença progredia rapidamente. A paralisia não lhe permitia mais engolir, falar ou movimentar-se. Não havia mais nada a fazer. Era o dia 22 de fevereiro... cai a noite e as enfermeiras velam pela agonizante e rezam. Neste momento, Irmã Elizabeth tem um sobressalto e as Irmãs pensam que é o fim. “Oh! A senhora! A senhora!” diz Irmã Elizabeth, sentada na cama, mãos postas, olhar fixo num determinado ponto e com o rosto erguido. “De 22 para 23? Eu havia entendido de 2 para 3”. 


Um pouco depois, cheia de espanto diz: “Mas, senhora.... é... Nossa Senhora!!! É Nossa Senhora!!! Nossa Senhora com um menino!” Somente neste momento, Irmã Elizabeth reconhece que aquela boa senhora era a Mãe de Jesus. “Mas, por que chora o seu menino? Nossa Senhora estava com Jesus nos braços e, ternamente, lhe responde:“O Menino chora porque não é BASTANTE AMADO, PROCURADO, DESEJADO também pelas pessoas que lhe são consagradas... tu deves dizer isto!” Então Irmã Elizabeth disse: “Mas eu sou tão pequena, a última de todas, não sei nada, nem sei mais falar, quem me acreditará? Dê-me um sinal então”. Neste momento a Virgem sorri, carinhosamente, inclina-se um pouco e diz: “Devolvo-te a saúde”. E desapareceu com seu Menino.

Ir. Elizabeth ficou totalmente curada e viveu mais 60 anos, anunciando a mensagem de Maria. Seu olhar meigo, profundo, luminoso, era o olhar de quem já viu o céu! No dia 15 de abril de 1984 ela se encontrou para sempre com a linda Senhora. Esta linda senhora recebeu o titulo de Nossa Senhora do Divino Pranto.

Invoquemos sempre a Mãe de Deus, com coração de filhos e ela sempre nos levará a Jesus para que seja mais
AMADO, PROCURADO E DESEJADO!


Irmã Deuceli Maria Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro

Luz para os meus passos!

Depois de algum tempo vivendo neste mundo começamos a compreender algumas coisas e outras não. Joio e trigo convivendo juntos... amor e ódio, verdade e mentira, egoísmo e solidariedade, vida e morte. Como viver nesta realidade que nos desafia a encontrar caminhos seguros? Sem dúvida, precisamos de luz!


Precisamos de uma palavra que nos oriente e nos mostre o verdadeiro caminho. E essa palavra é a Palavra do próprio Deus: uma fonte transbordante de onde podemos beber água pura e nos saciar plenamente sempre que desejarmos porque ela está tão próxima a nós.

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. Falou-lhes, pois, Jesus outra vez. (João, 8,12)

Quanta luz há nestas palavras de Jesus que nos quer caminhando iluminados pela sua palavra. Inúmeras vezes caímos frente a tantos desafios que a vida nos apresenta porque somos pequenos, frágeis e limitados. Essa é a nossa humanidade. Mas Deus não nos quer choramingando, prostrados pelo chão, lamentando a própria sorte. Não! Ele nos quer homens e mulheres fortes na fé e firmes na esperança. “Eis que estou convosco todos os dias” (Mt 28,20). Esta é a beleza da nossa fé cristã: temos um Deus que fala conosco.

Escutemos o Senhor porque Ele é o Deus da luz! Se estamos com Ele, devemos iluminar. Se não estamos iluminando é porque estamos desconectados dEle. Algo de errado existe e é preciso avaliar as conexões.

Quando lemos os evangelhos percebemos que Jesus nunca prometeu aos seus discípulos uma vida fácil, sem problemas e contrariedades. Pelo contrário, almejava que os percalços da existência pudessem lapidá-los. Assim é a vida, a grande possibilidade de sermos melhores a cada dia.

Amemos a Palavra de Deus! Deixemo-nos transformar por ela para que possamos crescer na acolhida, na integridade, na solidariedade, no perdão. Que o Senhor nos conceda sempre um coração humilde, aberto às suas inspirações para que não sejamos apenas meros ouvintes da Palavra, mas praticantes assíduos.

Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro

Só o amor salva!

Bento XVI nos diz, em sua encíclica, Spe Salvi (salvos pela esperança), que “a ciência não redime o homem, mas o amor!” 

Ao longo de nossa vida vivemos muitas experiências de amor que nos salvam porque nos fazem ver a vida de uma forma diferente. 

São experiências lindas que podem ser de uma amizade verdadeira e profunda, de um grande amor que encontramos... mas rapidamente nos damos conta de que esse amor que preencheu nossa vida de alegria e que deu um sentido novo à própria vida em algum momento, permanece frágil, tem seus limites, não é pleno, pode ser destruído pela morte.


Precisamos, então, de uma certeza que nos ajude a exclamar: “Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo Nosso Senhor” (Rom 8,38-39). 

Somente o amor de Deus poderá iluminar nosso amor humano. Se amamos a Deus e seguimos a sua palavra, seremos pessoas capazes de amar na gratuidade, de perdoar sem rancor, de ajudar aqueles que precisam, de viver na generosidade...

É a partir da experiência de sentirmo-nos amados por Deus que seremos capazes de compreender o amor humano. Um amor humano que não se abre para o amor de Deus, morre em si mesmo. Não gera vida porque não está unido à verdadeira fonte da vida. Somente nesta fonte encontramos um jeito novo de ser e de viver.

Madre Teresa de Calcutá dizia: “Enquanto você julga as pessoas, não tem tempo de amá-las”. Não percamos tempo julgando as pessoas porque somente Deus é o juiz de nossa vida. Se olharmos para dentro de nosso coração e formos honestos veremos que há muitas coisas ruins que precisam da misericórdia de Deus. 


Precisamos de um amor que nos salve, que restaure a nossa vida e nos faça exclamar sempre “... nada poderá separar-nos do amor de Deus”. É neste amor que nos sentimos seguros, porque “Vivemos na fé do Filho de Deus, que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós” (Gal 2,20).

Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro

Uma Mãe para todos!

Quando iniciamos o mês de maio nosso pensamento rapidamente se volta para aquela que nos deu a vida: nossa mãe! 

A ela todo nosso amor, carinho, respeito e gratidão. Se não fosse o seu sim à vida, não conheceríamos este mundo e não teríamos a oportunidade de desfrutar do dom maior que é a vida.

Mas também nossa homenagem estende-se à Mãe de todas as mães: Maria, mãe de Deus e nossa mãe! 


Desde pequenos aprendemos a falar seu doce e suave nome: “Ave, Maria, cheia de graça...” e a chamá-la de Mãe do céu! Sob tantos títulos nós a invocamos carinhosamente em nossas necessidades: Mãe do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Divino Pranto, Nossa Senhora das Graças ou Consoladora dos aflitos, Refúgio dos Pecadores, Rainha da Paz... e tantas outras lindas saudações que brotam dos lábios e do coração.

Maria é a grande intercessora junto de Deus. Sua intercessão nos consola porque, como filhos, podemos lhe confiar todos os nossos cuidados e pedidos. Maria reza por nós como rezou por si mesma: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com ela à vontade de Deus:
“Seja feita a vossa vontade”.


Nosso Papa Bento XVI nos lembra que “quem reza não desperdiça seu tempo”, porque a oração é a ação mais produtiva do ser humano. Portanto, não nos cansemos de fazer o bem, de rezar sempre, de interceder pelas nossas famílias, pela nossa comunidade, pelo nosso Brasil, pela humanidade inteira. O santo rosário é e sempre será uma arma poderosa contra o mal.

Lembremo-nos sempre: interceder pelo outro é um grande gesto de amor. O mundo precisa de almas de oração que alarguem o coração, sintam os sofrimentos de tantos que choram a dor, as angústias e a morte e orem. Muitas vezes não precisamos de tantas palavras, mas da certeza de que alguém reza por nós! Isto basta! Isto nos torna fraternos, irmãos, amigos porque sentimo-nos parte de uma grande e única família dos Filhos de Deus.


Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro

terça-feira, 25 de maio de 2010

Jesus está no meio de nós!

Domingo é o Dia do Senhor! Dia de ir à Missa para agradecer a Deus por tudo o que recebemos de sua bondade e também para pedir bênçãos para a semana que iniciamos: 

“Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, se abrirá” (Lc 11, 9-10).


Aprendemos assim desde pequenos que uma semana sem Missa é uma semana sem bênção! E, de fato é, porque deixamos passar a graça. A graça de estarmos na casa de Deus e de participarmos da Santa Eucaristia, sacramento por excelência. Maior dom de Deus à humanidade porque em cada Eucaristia podemos exclamar felizes: Ele está no meio de nós!

Não é difícil encontrar pessoas que dizem não ter tempo ou não compreender o que o Padre diz, por isso não vão à Missa. Na verdade, são apenas desculpas porque ainda não entenderam que este é o convite do próprio Deus que nos chama para cearmos com Ele.


Ele nos alimenta com sua palavra e com seu corpo e sangue: “Eis que estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”, disse Jesus (Mt 28,20). Essa promessa de Jesus é a maior prova de seu amor por nós. Ela dá conforto à nossa alma, alimenta nossa fé, nossa esperança e nos faz caminhar confiantes porque não estamos sozinhos, mas fortalecidos pela sua presença amorosa e salvífica. Somente o amor de Deus pode iluminar o amor humano e gerar vida em abundância.

Há alguns anos, quando falava com meus alunos sobre a participação na missa aos Domingos, lembrava-lhes que uma semana tem 168 horas e que podemos distribuí-las em muitas atividades como: estudar, passear, trabalhar, etc. Muitas horas, não?Então, a grande pergunta é: por que é tão difícil reservar apenas uma hora para encontrar-se com Deus aos domingos? Por que, com frequência e facilidade, deixamos a participação na Missa por outro compromisso? Por que para Deus podemos dar desculpas? Nada deveria ser mais importante para um cristão do que estar disponível para beber da fonte da água viva.

Se começarmos achar que Deus já não faz falta na nossa vida, tudo então começará a faltar em nossa família. Faltará a paz, a compreensão, o amor, a solidariedade. Tornamo-nos insensíveis e a comunhão fraterna ficará fragilizada. Não esqueçamos de que Deus nos convida sempre! A decisão será sempre nossa! Não podemos deixar a graça passar!!!


Ir. Deuceli Kwiatkowski
Religiosa Marcelina – Rio de Janeiro